Brasil mantêm-se na 51ª posição geral e em segundo lugar entre os países da América Latina
O International Institute for Management Development (IMD), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC) e com apoio do Instituto IT Mídia, divulgaram o Ranking de Competitividade Digital. A quinta edição compara 64 nações e avalia fatores associados às condições fomentadas pelos países na adoção e promoção das tecnologias digitais nos setores público e privado.
A análise reflete os desafios encarados por lideranças do mundo todo em razão da Covid-19. O levantamento reforça ainda importância da adaptabilidade às plataformas online, que são prioridade no Planejamento Estratégico de qualquer corporação, independente do porte.
Os leitores do nosso blog já estão familiarizados com esse assunto: a transformação digital é um tema recorrente por aqui justamente por sua importância na gestão dos negócios no cenário pós-pandemia. O Coronavírus acelerou mudanças que estavam em curso e as empresas que conseguiram se apropriar das ferramentas tecnológicas para manter a conexão com os clientes e para melhorar processos, saíram na frente.
A gestão financeira continua sendo um diferencial competitivo para as empresas que querem aumentar sua lucratividade, crescer com sustentabilidade e manter a longevidade. No entanto, o relatório apontou três fatores que se apresentaram como cruciais para o bom desempenho das organizações:
1) o Conhecimento, que diz respeito à uma infraestrutura intangível, capaz de fazer a leitura sobre novas tecnologias que podem dar uma guinada no negócio;(Pacheco, não entendi direito essa parte, veja se é isso mesmo);
2) a Tecnologia, que aborda o panorama das nações no quesito desenvolvimento de tecnologias digitais;
3) Prontidão Futura, que traduz o preparo de uma economia para implementação das novas ferramentas tecnológicas.
“Não são os mais fortes que sobrevivem, mas os adaptáveis”. A máxima de Darwin pode sintetizar a análise do relatório de 2021. O estudo identificou ligações profundas entre a performance dos países durante a crise econômica e sanitária de 2020 com bons resultados no fator Prontidão Futura.
A resiliência para encarar novos modelos e a agilidade e adaptabilidade se tornaram fundamentais na fase de recuperação econômica. As economias fortes, segundo o estudo, são aquelas nas quais há integração da tecnologia da informação e desenvolvimento do capital humano para operar a transformação digital.
Na opinião de Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, associada à FDC, as empresas que investem em educação e formação continuada são capacitadas para absorver as tendências do mercado. “Não basta investir em tecnologia. A curadoria dos humanos é insubstituível na escolha sobre quais as ferramentas que serão usadas para promover a transformação digital”, avalia.
Os americanos ocupam a primeira posição, sobretudo pelo destaque nas avaliações sobre Prontidão Futura (1º) e Conhecimento (3º). Hong Kong sobre três posições em relação ao relatório de 2019, principalmente com melhoras nos subfatores de Tecnologia. Os resultados colocam o país em segundo lugar. A Suécia completa o pódio e a Dinamarca ocupa a quarta posição.
Singapura, que nas edições anteriores estava em segundo, caiu para a quinta posição. O declínio foi impulsionado pelos fatores Conhecimento e Tecnologia, principalmente no subfator de treinamento e educação.
O destaque do relatório foi Luxemburgo, que avançou seis posições. A Polônia acumulou a maior queda: perdeu 9 posições.
O Brasil repetiu o resultado de 2020 e se manteve em 51º lugar. Porém, na edição mais recente, alcançou melhorias nos ganhos no Investimento em telecomunicações em proporção ao Produto Interno Bruto. Nesse quesito subiu 17 posições e ficou em 21º. Os resultados também melhoraram na percepção de que o treinamento dos funcionários é uma das prioridades das empresas, passando de 59º para a 43ª posição.
O anuário não apresentou muitas mudanças em relação a alguns dos pontos em que o país se sobressai: proporção de pesquisadores do sexo feminino (com 49%, equivalente à 8ª posição). A estabilidade (8ª colocação) aparece também na produtividade de P&D, medido pelo volume de publicações em proporção ao PIB.
As principais quedas estão:
1) na perda de quantidade de assinantes de banda larga (de 89,2% da população para 75,7%; da 23ª para a 30ª posição);
2) no total de gastos em P&D em proporção ao PIB (passou de 1,26% em 2016 para 1,17% em 2018; da 31ª para a 35ª posição);
3) na proporção da população usuária de internet.
Na visão de Carlos Arruda, professor na área de Inovação e Competitividade e diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC, este último indicador é um bom exemplo de como o relatório analisa a posição absoluta e relativa dos países. “Neste caso, apesar de ter crescido o número de usuários por 1000 habitantes no Brasil, de 647 em 2017 para 724 em 2020, no ranking geral, o país perdeu sete posições, de 46º para 53º, devido ao maior crescimento de outros países. A Argentina foi um deles e passou de 541 usuários por 1000 habitantes para 830, passando da 53ª para a 39ª posição", pontua.
No ranking geral na América Latina, o Brasil aparece na segunda colocação, atrás apenas do Chile (39º). Em comparação aos BRIC'S, grupo constituído por grandes economias, a China lidera ocupando o 15º lugar do ranking. A fica em segundo Rússia (42º), a Índia em terceiro (46º), o Brasil em quarto e a (51º) e África do Sul (60º) em quinto.
Os resultados conquistados pelo Brasil no relatório são reflexo do amadurecimento das companhias brasileiras. Para desenvolvê-las, a FDC e a JValério Gestão e Desenvolvimento oferecem um programa para empresas familiares de médio porte e que buscam um modelo robusto de gestão, com a formação de executivos e equipes de alta performance, elevando os resultados de curto, médio e longo prazos.
O Programa vai elevar a eficiência da sua empresa, bem como a performance do seu time de colaboradores. O PAEX é recomendado para gestores que buscam um diagnóstico completo do seu negócio aproveitando o know-how dos maiores especialistas do mercado.