Alta cúpula tem papel essencial para estabelecer planos de ação efetivos que envolvam as equipes e consolidem os avanços nos negócios onde atuam
Começar a cultivar o hábito da estratégia para mirar novos negócios exige cuidados. Como tem um significado bastante universal, derivada do grego strategika, a palavra pode muitas vezes não passar de mero exercício verbal para motivar equipes, com resultados limitados.
O pensamento estratégico implica, em primeira instância, garantir uma coesão interna da equipe. A finalidade é trabalhar as habilidades necessárias de cada integrante para criar e praticar as ações que vão ajudar a alcançar os objetivos planejados.
Ao definir qual será o caminho de ação com diretores e o setor de planejamento, o líder estrategista pode identificar com quais recursos da empresa deverá contar, além daqueles que terá de buscar ou desenvolver, e até alguns que de nada servirão.
A comunicação é um aspecto importante porque ajuda a esclarecer a todos os envolvidos o que cada um irá fazer para assegurar, na prática, o desenvolvimento do plano de atividade pré-estabelecido. Sem clareza as equipes correm o risco de bater cabeça e perder o foco. A desmotivação e o desperdício de recursos, nesses casos, são inevitáveis.
A comunicação frequente e assertiva leva a uma outra etapa importante do plano de estratégia: a correção de rotas em pleno curso das ações. Mas não basta que a equipe “nomeada” se feche em copas e pratique as estratégias por delegação de superiores à espera das informações nas planilhas. A alta direção ou a média gerência devem ter conhecimento pleno das etapas da operação, evitando gaps, e acompanhar de perto todas as etapas do processo.
Como se percebe, a prática da estratégia deve ser incentivada pelo líder, mas só será concretizada quando tiver a contribuição coletiva, do começo ao fim do planejamento.
Por isso, a palavra correta para estabelecer um conjunto de ações promissoras, com presença ativa da equipe, é a sinergia. Essa aliança assegura a conexão entre os diferentes atores no cumprimento das etapas do plano de negócios.
Nesse ambiente de colaboração mútua, a alta liderança consolida seu papel natural de comando. Afinal, é o líder que possui uma visão sistêmica do negócio e que lida com os diferentes setores. Nesse sentido, um dos desafios das lideranças é evitar se afogar num mar de informações que demandam um grande esforço em curto prazo.
Estar aberto ao diálogo é fundamental: afinal a proximidade das lideranças com as equipes é necessária para a realização de qualquer projeto. São os colaboradores que terão contato mais próximo com as situações comezinhas, reunindo uma série de informações e situações que devem ser levadas ao conhecimento dos superiores para manutenção ou correção de rota. A política de portas abertas ao gabinete e a disposição para ouvir são características que formam líderes transformadores.
Dependendo do tamanho da empresa, o grupo de gestores pode ser dividido em vários níveis hierárquicos. E aqueles que têm um papel central de ligação entre a alta cúpula e as equipes que executam as operações devem ser valorizados.
Além de serem agentes importantes que sabem traduzir como a estratégia irá funcionar na prática, são imprescindíveis em situações em que será necessário negociar com a equipe. A continuidade de algumas tarefas pode depender do poder de decisão dos gestores, que não devem travar os processos.
Por isso é aconselhável que os gestores intermediários tenham conhecimento de todo o plano estratégico. E, assim como o líder, é importante que ele também não se veja envolvido no cumprimento de tarefas do microcosmo da companhia. Esse afastamento o mantém no papel da supervisão da execução do plano estratégico. Essa coordenação é substancial para dar suporte aos colaboradores na condução do trabalho.
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