No post de hoje, confira entrevista de Clodoaldo de Oliveira sobre os principais pontos de estudo da Fundação Dom Cabral, divulgado no mês de maio
A pandemia mudou o cenário o cenário econômico e colocou os gestores em alerta. Muitas mudanças que já estavam em curso nas organizações precisaram ser implementadas imediatamente para que as empresas não perdessem espaço no mercado – como o teletrabalho e a transformação digital. Com muita agilidade e resiliência, os negócios de médio porte conseguiram se ajustar às demandas num mundo pós-pandemia e estão sobrevivendo à crise sem perder produtividade.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, divulgada neste mês de maio, mostrou como as médias empresas reagiram aos efeitos da crise. E, apesar de 47% terem sentido o impacto econômico da Covid-19, 56% disseram que acreditam terem se saído melhor que a concorrência.
Confira a seguir uma entrevista com Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério, sobre os resultados da pesquisa:
O objetivo da pesquisa é orientar acionistas e gestores que estão à frente das médias empresas, que são aquelas com faturamento entre R$ 5 milhões e R$ 500 milhões por ano. O estudo envolveu 450 empresas brasileiras para avaliar os efeitos da Covid-19 nos negócios. A intenção da Fundação Dom Cabral é ajudar os executivos a formularem estratégias para minimizar o impacto da crise econômica, uma consequência da pandemia no mundo todo.
A pesquisa mostrou uma característica dos gestores brasileiros que é a resiliência e nos surpreendeu positivamente. Pouco mais da metade, 53% dos entrevistados, disseram que não sofreram os efeitos da crise. 30% responderam que o impacto da pandemia foi positivo para os negócios e 9% que foi muito positivo. As companhias que acreditam ter passado ilesas pelo solavanco da Covid-19 conseguiram aumentar em 22% a expansão da produtividade.
Sim. 56% dos entrevistados acreditam que se saiu melhor que os concorrentes e 33% afirmaram que sua atuação foi parecida com a concorrência. Só 4% avaliam que ficaram atrás dos concorrentes.
Aquelas com faturamento maior ou igual a 200 milhões tenderam a ser positivamente impactadas pela crise. Elas comprovaram que agir rápido, na tomada de decisões, nas melhorias nos processos internos e até assumir riscos, é fundamental para quem quer se manter competitivo e melhorar seu posicionamento no mercado.
Sim, as empresas do setor de comércio estão entre aquelas que apresentaram os melhores resultados diante das turbulências causadas pela Covid-19.
Os próprios entrevistados elencaram palavras para descrever o que as empresas tinham aprendido neste cenário de tantos imprevistos e instabilidade permanente. As palavras mais citadas foram:
A pandemia é uma oportunidade para o desenvolvimento de diversas habilidades, reconhecida pelos próprios gestores.
As lideranças se mostraram decisivas na pandemia. A instabilidade gerada pela crise colocou acionistas, presidentes e executivos no protagonismo das mudanças. São eles que apontam novos caminhos. Por isso que a visão sistêmica é tão importante na condução do negócio.
Outra grande lição da pandemia para os líderes é a visão da liderança com propósito, que engloba preocupações que vão além dos resultados financeiros.
Vão se destacar no mercado as empresas envolvidas com o progresso social, ou seja, que geram impactos positivos na comunidade onde atuam. Essa é uma mudança grande no mundo corporativo. As novas gerações são muito voltadas para propósito, para emoção, para paixão com ideias e eles estão no topo da pirâmide do consumo. Então, as empresas têm que vincular emocionalmente seu propósito com o propósito da nova geração. Em resumo, o propósito de uma da marca precisa estar alinhado com a visão de mundo do público interno e externo