PAEX, oferecido pela JValério Gestão e Desenvolvimento, associada à Fundação Dom Cabral, prepara gestores e lideranças para mudanças bruscas na economia; se preparar para enfrentá-las é uma vantagem para manter a saúde do negócio
A velocidade com que o mercado apresenta inovações, os impactos gerados por decisões tomadas nas economias brasileira e internacional, além de fatos relevantes em outros setores sensíveis aos negócios, como a política, têm exigido das empresas uma cultura de precaução permanente. Deixar para agir quando o problema se instalou pode ser tarde, com consequências comprometedoras para o futuro da empresa bem como para seu posicionamento no mercado.
Diante desse cenário complexo e hostil, a gestão de risco emerge como um instrumento natural para mitigar os efeitos de um mundo dos negócios que vem testemunhando uma realidade volátil sempre presente, em que mudanças bruscas registradas no curto prazo passaram a merecer tanta atenção quanto o olhar estratégico para horizontes mais largos.
“Hoje em dia, as empresas têm que estar muito mais atentas às transformações nos ambientes onde estão inseridas. É preciso estabelecer visões de longo prazo e considerar mudanças de caminho no curto prazo. Por mais que estejamos estruturados, as organizações estão enfrentando diversos tipos de riscos, sejam de mudanças de contexto e de ambiente, ainda mais nos dias de hoje, onde a intensidade dessas mudanças é cada vez maior”, afirma José A. P. Capito, professor associado da Fundação Dom Cabral (FDC), a maior escola de negócios da América Latina.
A concentração de esforços para identificar riscos e administrá-los surge como um diferencial estratégico para conviver com essa nova realidade, antes que ela possa prejudicar de vez o crescimento empresarial. O gerenciamento de crise, ao detectar tendências capazes de comprometer até mesmo os planos de crescimento, ajuda os empresários a agir com mais confiança na hora de tomar decisões acerca dos investimentos.
Ao tomar ciência antecipada dos problemas que poderá enfrentar, o gestor ganha um leque de opções maior para fazer frente a um cenário desafiador, mas está preparado para encará-lo de forma efetiva, sem improvisações.
“Há um papel fundamental nesse contexto da necessidade da gestão de risco: a preparação de líderes para serem capazes de lidar com incertezas e volatilidade, se sentindo confortáveis para decidir nesse ambiente adverso. As habilidades de controlar e organizar já não são mais suficientes para o administrador hoje em dia. É fundamental ter flexibilidade e adaptabilidade, antever e preparar estruturas para transformar os riscos nas oportunidades que vão sustentar o negócio”, ressalta o professor Capito.
De acordo com o especialista, a gestão de risco deve focar, em síntese, em três setores: a área financeira da empresa, a equipe de colaboradores e a comunidade onde está inserida. As finanças surgem para dar fôlego extra, se a empresa tiver caixa para passar pelo período de turbulência. Já em relação aos funcionários, é imperativo que as equipes estejam sintonizadas com a cultura do enfrentamento de desafios e motivadas a se engajar nas tarefas para superá-los.
O terceiro item, a sociedade, entra de forma natural no processo de gestão de risco, já que a empresa é uma forte referência de valores para parte da população do local onde está inserida - como fonte geradora de emprego e renda naquela comunidade, por exemplo.
Dos três setores, o que deve ser visto com mais prioridade é o financeiro. “Começamos sempre pelo econômico-financeiro, que é o sangue do corpo empresarial, permitindo que a organização fique viva e capaz de reagir ao ambiente adverso”, destaca Capito.
Em seguida, conforme o professor da FDC, é preciso observar também questões que influenciam nesse caixa, entre eles, a disponibilidade de verba para cobertura da operação no caso de suspensão da entrada de receitas, compliance e a aderência da empresa às regras do mercado em que está inserido. Essa previsão evita a criação de passivos que possam ser difíceis de administrar futuramente.
As lideranças precisam verificar ainda como anda a interação com o cliente, o respeito à Lei Geral de Proteção de Dados, o relacionamento com o consumidor (Procon) e até mesmo práticas de gestão que levem em conta a sustentabilidade do negócio a partir do ponto de vista social e ambiental, como a ESG (Enviromental, Social e Government/”Ambiental, Social e Governança”, traduzido do inglês).
Há 25 anos, o PAEX (Parceiros para a Excelência) é um programa oferecido pelo JValério Gestão e Desenvolvimento que tem a chancela da Fundação Dom Cabral. Aliás, a instituição criou esse curso para promover o aprimoramento de práticas de gestão, incluindo uma série de ações para as lideranças serem capazes de agir de forma preventiva em momentos de maior incerteza, identificando riscos e buscando respostas para fazer frente a esses desafios.
O PAEX atua em todas as áreas do negócio e faz um diagnóstico da situação atual de cada um deles, (marketing, finanças, operações/logística, etc.) e por meios de uma análise de cenários e levantamento dos pontos fortes, a desenvolver e os drivers de crescimento do negócio direcionar planos para garantir o alcance de resultados ao longo de um horizonte de tempo longo aplicando metodologias que permitam resultados no curto e longo prazos. “Estamos falando de inúmeras frentes que, às vezes, o empresário não vê com clareza. O professor PAEX se coloca como participante dentro do negócio para orientar, fornecer outro ponto de vista, com arcabouço metodológico para facilitar a implementação de práticas de gestão mais robustas”, aponta Capito.
No PAEX professores da FDC se debruçam sobre a realidade da empresa para extrair um verdadeiro raio-x do negócio e estabelecer um conjunto organizado de ações. “O professor orientador da FDC é um parceiro do negócio do empresário, um conselheiro do processo de facilitação da gestão para ela abraçar melhores oportunidades e mitigar ameaças e riscos, sejam eles internos ou externos ao negócio. Trata-se de uma alavanca poderosa para as empresas, tanto na bonança como em momento de crise”, afirma Capito.
O PAEX, explica o professor, começa desenhando o projeto empresarial que estabelece estratégias de negócio de longo prazo, usualmente um horizonte de implementação que pode durar de três a cinco anos. O processo é dinâmico ao contexto do negócio e tem como objetivo gerar valor de forma contínua. Há projetos com duração superior a 10 anos, enquanto o cliente identificar valor no trabalho que está sendo desenvolvido com vistas ao crescimento do negócio. Isso não quer dizer que os resultados precisam ser aguardados enquanto dure a implementação. “O horizonte de trabalho é construído com conquistas em ciclos curtos de tempo depois que a empresa se apropria dessas novas práticas de gestão. Os resultados são sentidos numa janela bastante nos primeiros ciclos de execução, de quatro em quatro meses. É uma parceria, o ritmo depende da velocidade de implementação das práticas oferecidas pelo PAEX por parte da empresa”, observa o professor Capito.
O programa da FDC tem a capacidade de aprimorar as práticas de gestão do cliente e tornam o processo metodológico do PAEX integrado à própria evolução da empresa. Outro diferencial do programa é oportunidade de interação com outras organizações empresariais que também aderiram á formação continuada em encontros de network e de troca de experiências.
“Diante de sua capacidade de se adaptar às mudanças do mercado, o PAEX pode ser uma jornada com prazo indeterminado que tem início, mas não necessariamente tem fim. Sua implementação pode permanecer na empresa enquanto seja capaz de promover a geração de valor para a gestão entre aquele grupo e a FDC permitindo a formação continuada do seu corpo diretivo. O PAEX permite fortalecer não só o aprendizado interno, como a troca de experiências com outras empresas, estabelecendo um poderoso networking aberto a troca de experiências, negócios entre empresas que usam a mesma metodologia e, claro, o aprofundamento constante da formação das pessoas chave do negócio”, ressalta Capito.