Consultoria Gartner ouve gestores de RH de empresas de grande porte do mundo todo para confirmar tendências na área de gestão de pessoas
Quem acompanha nossos posts aqui no blog já ouviu falar que a área de Recursos Humanos ocupa um papel estratégico nas organizações, sobretudo na economia pós-Covid 2019. A pandemia mudou o perfil das lideranças, que precisaram aprimorar suas habilidades comunicacionais e engajar a equipe em tempos de isolamento social.
Muitas mudanças na gestão vieram para ficar, como demonstra uma pesquisa recém-publicada pela Consultoria Gartner. O estudo é fruto de levantamento realizado com 500 líderes de RH (Recursos Humanos) de grandes organizações do mundo todo.
A maioria dos gestores entrevistados pela Gartner (59%) acreditam que desenvolver habilidades críticas é sua principal prioridade para 2022. Essa foi uma das tendências potencializadas pela pandemia para que as empresas se adaptassem rapidamente às mudanças impostas pelo vírus.
A Covid-19 acelerou a transformação digital, que exigiu novas habilidades por parte das equipes. O endereço das capacitações também mudou dos espaços físicos para as plataformas online, que expandiram e democratizaram a educação corporativa.
O aprofundamento de conhecimentos sobre tecnologia e o desenvolvimento de soft skills estiveram e devem permanecer na pauta das organizações quando o assunto são os treinamentos in company.
Com o advento da tecnologia a automação e a Inteligência Artificial devem ganhar ainda mais espaço. Para lidar com as mudanças, as empresas terão que criar novas funções. Os colaboradores que serão substituídos por máquinas podem ser realocados para outros cargos se as organizações conseguirem requalificar a mão-de-obra.
Com dificuldades para encontrar profissionais qualificados, o Reskilling e o Upskilling estão crescendo nas corporações. Há vantagens em capacitar colaboradores em sintonia com a cultura organizacional ao invés de abrir processos de recrutamento externo. O segredo é identificar as habilidades dos colaboradores que podem fazer diferença na organização no prazo de três a cinco anos e começar a aprimorá-las.
Novos colegas, mudança na gerência, outros processos, a atualização de um sistema de gestão. Tudo isso faz parte da rotina das organizações, mas são acontecimentos que fatigam os funcionários numa proporção maior até mesmo que as grandes mudanças.
No estudo da Gartner, 48% dos líderes entrevistados disseram que as alternâncias e transições na área de gestão são exaustivos para a equipe. Para mudar esse pensamento é necessário promover experiências positivas na hora de uma mudança, mesmo que seja pequena. A dica é construir um clima de segurança. Quando existe um alto nível de confiança na empresa, as novas configurações são absorvidas com mais facilidade.
Outro papel do departamento de Recursos Humanos é construir uma equipe coesa, que trabalha literalmente em conjunto. Equipes com senso de pertencimento e união são mais adaptáveis às mudanças. Um líder carismático e engajador inspira a resiliência nos colaboradores e participa ativamente do cuidado com a saúde mental da equipe.
Impulsionar a produtividade não é mais a principal característica de uma liderança no cenário pós-pandêmico.
O desenvolvimento das lideranças foi apontado no levantamento da Gartner por 45% dos gestores de Recursos Humanos como prioridade em 2022.
A construção da resiliência, uma das principais soft skills num cenário de mudanças permanentes devido ao aporte de novas tecnologias sem cessar, passa por um líder que lidera pelo exemplo. Saber ouvir o colaborador, acolher as sugestões, ter empatia, estabelecer a cultura da transparência e priorizar as pessoas e não os processos, fazem parte do perfil do novo líder.
A análise da Gaertner revela que líderes empáticos impactam 3X mais no desempenho dos colaboradores.
A visão do futuro do trabalho foi eleita por 42% dos entrevistados como prioridade pelos gestores consultados pela Gartner.
Movimentos como #MeToo e Black Lives Matter ganharam os holofotes dentro e fora dos muros das organizações.
O posicionamento público sobre a diversidade, a equidade e a inclusão foram citadas por 35% das lideranças como uma das prioridades para o departamento de Recursos Humanos em 2022.
Candidatos a vagas de emprego, os fornecedores e os consumidores querem saber a posição de uma marca antes de estreitar relacionamentos. A tolerância e a empatia são um diferencial competitivo e uma forma de atrair e reter talentos.