Saiba como ativar o “botão comprar” na mente de quem dá o clique final e aumentar as vendas
Desde que se popularizou, em meados da década de 1990, a neurociência aplicada ao marketing é um tema sempre em voga nos negócios. Contudo, na gestão de vendas, ela tem se revelado simplesmente imbatível. E as boas notícias não param por aí: um grande número de profissionais, a maioria alocados nas agências de publicidade e empresas especializadas em análises de mercado mundo afora, dedicam-se a desvendar a ferramenta capaz de compreender em profundidade o comportamento das pessoas diante de marcas, campanhas, anúncios, produtos e serviços. Graças a esse trabalho, pautado em metodologias científicas, conseguimos acompanhar as transformações ocorridas de geração em geração, influenciando diretamente os padrões de consumo.
Diante do cenário, existe uma infinidade de teorias, técnicas e estratégias sendo formuladas ao longo dos anos. Por mais diferenças que tenham entre si, o objetivo costuma ser um só: ativar os mecanismos cerebrais, também conhecidos como gatilhos mentais, responsáveis por impulsionar as decisões de compra. Quando bem feito, um plano de marketing capaz de unir neurologia e psicologia costuma gerar números excepcionais. Até mesmo porque, na época em que vivemos, onde postamos nossas rotinas, desejos, dores e necessidades - praticamente em tempo real - nas redes sociais, fica difícil acreditar que alguém, em sã consciência, tenha coragem de empreender sem ao menos conhecer (e muito bem) o seu público-alvo. Afinal, há grandes chances de ele ser um usuário ou um seguidor totalmente à mercê da melhor abordagem.
Tudo isso para dizer que o segredo do sucesso se resume a uma palavra: conversão. Antigamente, ela era restrita ao ponto de venda, mas, nos dias atuais, pode ser ativada a qualquer momento, basta que se destrave a tela do smartphone e comece a navegar. É justamente aí que entram em cena os estrategistas, cada vez mais familiarizados com o vasto e desafiador universo digital marcado por milhões de seguidores, concorrentes e, claro, cifras. Munidos de dados e muita persuasão, eles criam jingles, slogans, logos e, inclusive, manifestos icônicos e, sobretudo, inesquecíveis. Sem falar na infinidade de storys por segundo, protagonizados por influencers em momentos espontâneos (só que não) ou patrocinados (publiposts).
Mais do que aparecer na sua timeline, acertar em cheio seu coração ou ocupar um espaço especial da memória afetiva, é preciso capitalizar. Pensando nisso, confira os insights a seguir para utilizar o neuromarketing e atingir em cheio aquele consumidor, por vezes, de bobeira em seus aplicativos preferidos.
Como aplicar o neuromarketing nas estratégias digitais
Não faz muito tempo, falamos aqui no blog da JValério que ativar o modo neuromarketing é o mesmo que conquistar um aliado em vendas. Hoje, vamos expandir o conhecimento ao revelar como as grandes empresas se aproveitam disso como ninguém, seja de que forma for - racional, emocional e, por vezes, inconsciente. Aliás, tudo indica que somos realmente previsíveis, então, #ficaadica a você, gestor comercial, que deseja alavancar os resultados e desbancar a concorrência.
Onde o neuromarketing encontra o digital
De modo geral, o marketing digital pode se apropriar do neuromarketing, ou vice-versa, em três pontos principais. Sendo eles:
- Inbound marketing
O inbound marketing ou marketing de atração é um conjunto de estratégias focado em atrair, converter, relacionar, vender e analisar (a ponto de encantar) clientes via blogs, newsletters, lives, postagens em redes sociais, entre outros. Em suma, se baseia na criação e compartilhamento de conteúdo personalizado para um público-alvo específico. O objetivo é criar um relacionamento duradouro com os potenciais compradores, permitindo a comunicação direta com eles. A principal sacada é que, diferentemente dos métodos tradicionais, aqui o cliente chega até a empresa e não o contrário.
Porém, deve-se tomar muito cuidado para não se tornar chato, repetitivo e, principalmente, invasivo. Quer entender melhor? Imagine aquele famigerado SPAM (sinônimo de lixo eletrônico) com fins publicitários que você não aguenta mais receber (aliás, nem solicitou), tanto que já cancelou a assinatura e tudo. Então, é disso que estamos falando: se faça presente, mostre-se disponível, mas, por favor, não lote a caixa de entrada das pessoas. Se estiver fazendo isso, apenas pare imediatamente. Um bom e-mail marketing é menos automático e mais personalizado, útil e, sobretudo, com propósito atrativo.
As vantagens do inbound marketing incluem:
- Reduzir o ciclo de venda, isto é, o tempo médio entre o contato inicial e o fechamento da compra;
- Ser mais econômico que os métodos tradicionais de marketing;
- Criar conexões duradouras e de valor para ambas as partes.
- Storytelling
Ao pensar em estratégias de conteúdo logo vem à mente a técnica do storytelling. Em outras palavras, a boa e conhecida arte de contar histórias, levando-as a outros níveis de conexão e interação. A ideia é melhorar a percepção e o posicionamento da empresa em questão, além de vender os produtos e serviços de forma indireta. Pode ser aplicado em vários formatos, como vídeos, imagens, textos e podcasts.
Para desenvolver essa técnica, é importante:
- Conhecer o público-alvo;
- Definir uma mensagem clara;
- Criar personagens e cenários envolventes;
- Usar emoções para capturar a atenção da audiência;
- Ser autêntico e transparente;
- Usar diferentes canais de comunicação.
- Psicologia das cores
O vermelho da Coca-Cola, o azul do Facebook, o verde e amarelo da Shell… Nenhuma dessas cores ou combinações estão ali por acaso. Inclusive, as tonalidades foram escolhidas a dedo para causar sensações prazerosas e inspirar confiança. Como reagimos aos tons de maneiras diferentes, é possível estabelecer uma comunicação subjetiva ao relacionar as marcas às suas respectivas paletas presentes em embalagens, tipografias, comerciais, etc.
A roda das emoções, criada pelo psicólogo, Robert Plutchik, é baseada na teoria da psicologia evolutiva para identificar as relações entre cores e emoções. Vejamos alguns exemplos:
Sentimentos: raiva, paixão, fome, desejo, excitação, energia, velocidade, força, poder, calor, amor, agressão, perigo, fogo, sangue;
Marcas que utilizam: Coca-Cola, Burger King, Mc Donalds.
Sentimentos: amor, inocência, saúde, felicidade, satisfação, romantismo, charme, brincadeira, leveza, delicadeza, feminilidade;
Marcas que utilizam: Barbie, Marisa, Victoria 's Secrets.
Sentimentos: sabedoria, conhecimento, apetite, relaxamento, alegria, felicidade, otimismo, idealismo, imaginação, esperança, claridade, verão, desonestidade, covardia, traição, inveja, cobiça, doença;
Marcas que utilizam: Nikon, Post-it.
Sentimentos: humor, energia, equilíbrio, calor, entusiasmo, vibração, extravagância;
Marcas que utilizam: Fanta, JBL.
Sentimentos: cura, calma, perseverança, tenacidade, autoconsciência, orgulho, meio ambiente, saúde, sorte, renovação, juventude, rigor, generosidade, fertilidade, ciúme;
Marcas que utilizam: Spotify, Unimed, WhatsApp.
Sentimentos: fé, espiritualidade, lealdade, paz, tranquilidade, estabilidade, harmonia, confiança, verdade, segurança, limpeza, ordem, frio, tecnologia, depressão;
Marcas que utilizam: Dell, Samsung, Facebook.
Sentimentos: erotismo, realeza, nobreza, espiritualidade, mistério, transformação, sabedoria, conhecimento, luto, poder, sensibilidade, intimidade.
Marcas que utilizam: Nubank, Vivo.
Sentimentos: materialismo, excitação, confiabilidade, conforto, resistência, estabilidade, simplicidade;
Marcas que utilizam: M&M’s, Nespresso, Cacau Show.
Sentimentos: não, sexualidade, sofisticação, formalidade, elegância, riqueza, medo, anonimato, infelicidade, profundidade, estilo, mal, tristeza, remorso;
Marcas que utilizam: Adidas, Chanel, Uber.
Sentimentos: sim, proteção, amor, respeito, mesura, pureza, simplicidade, limpeza, paz, humildade, precisão, inocência, juventude, nascimento, inverno, neve, bom, casamento, clínico;
Marcas que utilizam: Apple.
Sentimentos: riqueza, glamour, fascínio, diferença, natural, suave, macio, elegante, tecnológico;
Marcas que utilizam: Honda, Audi, Mercedes Benz, Renault.
Sentimentos: preciosidade, riqueza, calor, prosperidade, grandeza;
Marcas que utilizam: Magnum, Chevrolet.
Junte-se à comunidade de líderes que está redefinindo a maneira de fazer negócios e, de quebra, alavancando suas carreiras!
Clique aqui e amplie seu repertório de conhecimento corporativo e estratégico!