Os 5 principais desafios para os conselhos de administração em 2023

08/03/2023
Os 5 principais desafios para os conselhos de administração em 2023 | JValério

Desaceleração na economia global, inflação e cenário de instabilidade permanecem nos próximos meses e exigirão uma mudança de comportamento por parte dos conselheiros

Os desafios para os conselhos de administração prosseguirão em 2023. É o que diz o estudo "Os Principais Desafios dos Conselhos de Administração de Empresas Brasileiras para 2023", realizado pela Fundação Instituto de Administração (FIA). A previsão para este ano é de volatilidade econômica, uma possível recessão global e altos índices de inflação, que devem afetar empresas de todos os setores.

O levantamento da FIA destaca cinco pontos que devem ser levados a sério pelos conselhos de administração nos próximos nove meses. São eles:

1.       Atenção às transformações no ambiente empresarial

Mais do que acompanhar as tendências, os conselhos devem entender de que forma os avanços tecnológicos podem afetar o modelo de negócio ou as estratégias da organização.

2.       Tomada de decisões

Este é mais um processo que deve ser aperfeiçoado. Para isso, todos os membros do conselho devem ter acesso a informações precisas e relevantes para que possam ser mais assertivos na hora de tomar decisões estratégicas.

3.       Relacionamento interpessoal e comunicação

Os conselheiros precisam construir uma relação de confiança com seus pares no órgão e com a diretoria da empresa. Para isso, estreitar a comunicação entre esses dois grupos é fundamental.

4.       Diversidade e inclusão

Além da diversidade na composição do conselho, todos os membros devem ser incluídos na tomada de decisões estratégicas para emitir sua visão sobre as pautas.

5.       Especialização

Conhecer com profundidade temas específicos também é uma necessidade dos conselheiros para que eles possam contribuir com seu ponto de vista de forma mais assertiva.

Agenda

Para Clodoaldo Oliveira, diretor geral da JValério Gestão e Desenvolvimento, são inúmeras questões que precisam estar na agenda de conselheiros e algumas pautas, inclusive, exigirão ajuda de comitês.

“As mudanças vêm de todos os lados: dos órgãos reguladores, dos investidores e demais stakeholders. Os aspectos ambientais, sociais e de governança, que compõem a ESG, estão entre as mudanças mais significativas no ambiente de negócios e não podem ser negligenciadas pelos conselhos”, aponta Oliveira.

O gerenciamento de riscos é outra questão que deve ser encarada com bastante atenção pelos conselheiros em 2023. “Hoje em dia, as empresas têm que estar muito mais atentas às transformações nos ambientes onde estão inseridas. É preciso estabelecer visões de longo prazo e considerar mudanças de caminho no curto prazo”, afirma José A. P. Capito, professor associado da Fundação Dom Cabral (FDC).

A concentração de esforços para identificar riscos e administrá-los surge como um diferencial estratégico para conviver com a instabilidade, antes que ela possa prejudicar de vez o crescimento empresarial. O gerenciamento de crise, ao detectar ameaças capazes de comprometer até mesmo os planos de crescimento, ajuda os conselheiros a agir com mais confiança na hora de tomar decisões acerca dos investimentos.

Ao tomar ciência antecipada dos riscos que poderá enfrentar, o conselho trabalha com um leque de opções para fazer frente a um cenário desafiador e se prepara para encará-lo de forma assertiva, sem improvisações.

Conselho de alto impacto

Cenários incertos provocam mudanças abruptas e constantes e cabe às empresas se adaptarem com agilidade a todas elas para manterem a produtividade e a competitividade.

E é no ajuste de todas essas dificuldades que um conselho de alto impacto deve atuar para que a organização tome decisões acertadas a curto prazo, sem esquecer de traçar estratégias para avançar a longo prazo. É o que os especialistas em gestão chamam de planejamento ambidestro.

Debater a governança, engajar os colaboradores e a cadeia de valor do sistema, além de criar uma agenda de inovação, são temas que devem estar no radar dos conselheiros da atualidade. E para ajudá-los a aprofundar seus conhecimentos para que possam, efetivamente, ajudar a mudar a realidade das organizações, a FDC e a JValério oferecem o PDC -Programa de Desenvolvimento de Conselheiros.

O programa atua na formação de conselheiro e promove a compreensão sobre as responsabilidades do cargo. Proporciona também a reflexão profunda e desenvolvimento de uma base sólida de fundamentos, sem perder a articulação com a aplicação prática. A metodologia utilizada será a do Board Case: simulação prática e instigante das etapas de preparação e execução de uma reunião do conselho de administração. Outro diferencial do programa é a certificação para conselheiro.

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