Invista em gestão financeira e fuja do 2º maior vilão das empresas

28/02/2024
Invista em gestão financeira e fuja do 2º maior vilão das empresas | JValério

Garantir a longevidade dos negócios está relacionado ao entendimento dos conceitos que fazem parte deste setor vital 

A falta de gestão eficiente, sobretudo financeira, é o segundo maior motivo para o fechamento de empresas no Brasil. Atualmente, perde apenas para o maior vilão dos CNPJs nacionais: a alta carga tributária. Se por um lado, vivemos um boom de empreendedorismo no país, com mais de 2,7 milhões de novos negócios abertos até agosto de 2023, segundo o IBGE, de outro, os dados sobre fechamento são alarmantes. Para se ter uma ideia, 48% desse total tende a encerrar suas atividades dentro de três anos. Em outras palavras, um período relativamente curto para conseguir ter uma visão clara dos indicadores de desempenho e, por consequência, aplicar melhorias.

Ainda de acordo com o IBGE, 25% dos empresários apontam pontos fracos da gestão em si como causa direta dos problemas que levam ao encerramento, por vezes, precoce. Diante do cenário, ter acesso a fundamentos de finanças e demais conceitos que fazem parte da boa administração funciona como um antídoto para combater a falência. Da mesma forma, compreender o ecossistema capaz de garantir a longevidade empresarial deve ser, com toda a certeza, uma prioridade no planejamento estratégico. Afinal, por meio de conhecimento e controle se torna possível atingir os objetivos das organizações, independentemente do porte e segmento, de maneira rentável e sustentável.

As competências técnicas para uma eficiência financeira tem te preocupado? O conteúdo de hoje pode ajudar a dar o primeiro passo rumo ao modelo de gestão na qual minimizar custos e maximizar resultados é realidade.

Por que a gestão econômico-financeira é importante

Para o economista Lawrence Gitman, o termo finanças pode ser definido como “a arte e a ciência de gerenciar dinheiro”. Embora possa parecer simples, as responsabilidades dos gerentes financeiros não param por aí e abrangem uma série de variáveis indispensáveis ao sucesso organizacional. Além de cuidar do caixa e do crédito, este profissional trata de questões como impostos, recursos, investimentos, ativos, fornecedores, pessoal e expansão. Aliás, ele lida com tudo aquilo que exerce influência direta na tomada de decisões que, neste caso, quanto mais seguras e estratégicas, melhor.

Vejamos as principais vantagens de fazer uma análise correta que viabilize investir, crescer e, de preferência, se manter robusto, consistente e, inclusive, mais competitivo no mercado. Confira os princípios básicos a seguir e como é possível colocá-los em prática.

Planejamento

Este talvez possa ser considerado o pilar mais importante da gestão financeira, a exemplo de outros departamentos da estrutura organizacional. Apenas por meio do planejamento pode-se estabelecer metas, fazer projeções e escolher investimentos, bem como remanejar custos operacionais e aumentar receitas, por exemplo. Vale lembrar que o mapeamento dos processos também configura uma etapa do cronograma financeiro e, portanto, demanda plena atenção.

Organização

Parece óbvio, mas nunca é demais frisar a relevância da organização na gestão financeira. Isto é, efetuar o registro preciso de todas as movimentações, tais como entradas, saídas, despesas e faturamentos, de modo a diminuir erros e fraudes. Sem falar que a ação afasta a possibilidade de surpresas desagradáveis que podem colocar tudo a perder. Graças ao monitoramento feito pelo gestor, problemas como atrasos em pagamentos podem ser resolvidos com medidas corretivas imediatas a fim de evitar prejuízos maiores.

Compliance

Estar em conformidade com as legislações fiscais e tributárias, assim como outras normas e regras relacionadas às leis federais ou políticas corporativas é um dos pilares da gestão financeira eficiente. Nesse sentido, o compliance entra em cena para garantir o cumprimento de todas as exigências para uma performance mais ética e transparente, itens essenciais para a reputação e manutenção da confiança de clientes e investidores.

Ferramentas indispensáveis à gestão financeira

Para colocar a gestão financeira eficiente em prática, é necessário saber utilizar as ferramentas certas nos momentos adequados a cada uma delas. Entre os elementos mais importantes, vamos destacar três a seguir.

  1. Fluxo de caixa: como dissemos anteriormente, registrar todas as movimentações financeiras de um negócio é indispensável à sua longevidade. Na prática, se divide entre entradas e saídas. Enquanto as entradas englobam os recursos provenientes de retorno sobre investimentos ou pagamentos de clientes, as saídas envolvem todo tipo de pagamento, como para fornecedores e compra de matérias-primas, entre outros. Ademais, demonstra as carências e potencialidades que deixam claro o que pode ser utilizado em cada situação e o reconhecimento prévio das quantias para cada projeto. Por fim, é o fluxo de caixa a ferramenta que identifica algum tipo de gargalo ou fonte de desperdícios;
  2. Capital de giro: é o valor necessário do qual o negócio precisa dispor para financiar as suas operações durante um determinado tempo. De forma simples, ele é calculado pela diferença entre os ativos circulantes (receitas, contas recebidas e a receber, estoque e valor de caixa)  e os passivos circulantes (contas a pagar, empréstimos e financiamentos). Inclusive, acertar no cálculo é umas das alternativas para garantir mais segurança diante de imprevistos, como quedas nas vendas, pois permite agir sem ter que recorrer a opções menos vantajosas e com mais juros. Dimensionar o capital de giro fornece dados cruciais em se tratando de liquidez;
  3. Precificação: tudo começa na formação dos preços de produtos e serviços que leva em conta os custos fixos e variáveis, as margens de distribuição e os indicadores da lucratividade almejada. Margens muito pequenas trazem problemas para a remuneração do empreendedor e para o próprio investimento no negócio, mas margens muito grandes tendem a acabar com a competitividade. Ou seja, o ideal é ajustar a tabela de acordo com o praticado no nicho de atuação.

Coisas que o gestor financeiro não deve fazer

Abrir uma empresa é o primeiro passo de uma longa jornada que depende de como os elementos da gestão financeira são utilizados pelos profissionais de cargos estratégicos. Partindo da premissa, reconhecer que o caminho é repleto de desafios é a primeira atitude para fugir das armadilhas. A ideia é garantir que o negócio não seja mais um número nas estatísticas de falência, mas sim um caso de sucesso.

Pensando nisso, confira o que não fazer na gestão financeira para minimizar riscos e maximizar os resultados:

  • Evite misturar finanças pessoais com as da empresa;
  • Documente toda a gestão financeira para que ela possa ser acompanhada;
  • Tenha um setor da empresa voltado especificamente para isso;
  • Trabalhe cenários diferentes, indo do mais positivo ao mais pessimista;
  • Não trate contas a receber como contas já recebidas;
  • Faça o acompanhamento constante da gestão;
  • Atualize e adapte o planejamento financeiro tanto quanto necessário;
  • Use as ferramentas financeiras corretas e dê atenção às análises de relatórios;
  • Obtenha dados de maneira confiável e segura para alimentar a gestão;
  • Não fique preso a planilhas financeiras obsoletas;
  • Tome decisões baseadas na realidade concreta da empresa;
  • Tenha disciplina para ter uma gestão relevante;
  • Invista em educação contínua.

Sabemos que o sucesso financeiro não acontece do dia para a noite, mas temos plena convicção da força de estar em constante estado de aprendizado. Não por acaso, um de nossos programas é justamente sobre a compreensão das finanças organizacionais.

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