Além da indústria e varejo de alimentos, construção civil e transporte e logística constam no relatório elaborado pela Fundação Dom Cabral que traz recomendações para as médias empresas serem mais competitivas frente aos desafios que já existem e o que estão por vir
No Brasil, as empresas de médio porte se veem diariamente diante de um paradoxo: ao mesmo tempo que são fundamentais à economia com a geração de emprego e renda, enfrentam uma série de desafios que colocam em risco suas sobrevivências. Além da falta de apoio governamental em diversas frentes, a alta carga tributária é um entrave ao crescimento sustentável. Sem falar na concorrência, um panorama no qual entram em cena os pequenos e grandes negócios - igualmente em busca de mais participação no mercado.
Diante das barreiras encaradas por estas atividades, bem como suas dores específicas, o Centro de Inteligência de Médias Empresas, da Fundação Dom Cabral (FDC), criou um guia para ajudar a torná-las mais competitivas. Tendo como foco o cenário macroeconômico e setorial de São Paulo, estado que detém maior participação do PIB, o recorte regional possibilitou um mapeamento mais preciso acerca de quatro setores críticos: indústria e varejo de alimentos, construção civil e transporte e logística.
Dividido em quatro e-books que podem ser acessados gratuitamente, o Guia para a Competitividade das Médias Empresas do estado de São Paulo reúne projeções, tendências e análises (quantitativas e qualitativas) do atual contexto nacional que, com toda a certeza, impactam o comportamento empresarial e, por consequência, a tomada de decisões. O objetivo da FDC também é ampliar o conhecimento, fornecer insights e apontar caminhos indispensáveis ao planejamento estratégico.
Principais desafios econômicos no Brasil em 2024
Ao longo da pesquisa para a formulação do guia, a FDC ouviu especialistas que trouxeram informações valiosas para impulsionar os negócios, sobretudo, das médias empresas.
Confira um resumo a seguir.
Indústria de alimentos
A indústria de alimentos brasileira tem papel crucial na segurança alimentar global e nacional, uma vez que o Brasil é o segundo maior exportador de alimentos do mundo. Entretanto, as projeções para as médias empresas do setor em São Paulo apontam que os custos operacionais crescerão no curto prazo.
Com isso, haverá redução da margem de lucro e uma demanda maior em se tratando dos cuidados em torno da eficiência operacional. Portanto, empresários e gestores terão que investir em estratégias de diferenciação e customização de ofertas e novos serviços aos clientes. Em resumo, a tal da busca por inovação, um tema muito debatido aqui no blog da JValério.
Varejo alimentício
O varejo de alimentos reflete o bem-estar das famílias, pois é um nicho altamente sensível ao poder de compra da população, assim como aos seus níveis de renda e endividamento. Em tese, um termômetro que mede o desempenho da economia do país. Contudo, duas tendências desafiam as médias empresas do setor de forma especial: o crescimento do formato atacarejo e a tendência de regionalização de grandes redes rumo às cidades médias e pequenas.
Tais indicativos tornam urgente a reflexão estratégica sobre como as médias empresas do varejo alimentício devem se posicionar frente aos concorrentes, que tendem a ser grandes players nacionais e globais.
Construção civil
Uma nação não cresce sem passar pela construção civil, responsável por impactar, por exemplo, a geração de emprego e renda. Em contrapartida, o setor sente os reflexos diretos de questões como acesso ao crédito, juros e inflação na mão de obra e materiais. Apesar das expectativas para os próximos três anos serem animadoras graças à previsão de aumento da demanda, os custos de produção tendem a aumentar em proporção superior, razão para a redução das margens em 2023 e 2025.
Para melhor aproveitamento das oportunidades daqui para frente, as médias empresas do segmento devem investir em eficiência operacional com novas tecnologias e processos que reduzam custos e tragam aumento de produtividade.
Transporte e logística
Considerado um dos países com maior potencial logístico do mundo, o Brasil terá grandes oportunidades para as médias empresas segundo as principais projeções. Isso deve acontecer à medida que a matriz de transporte se torne mais diversificada e haja maiores investimentos em armazéns - onde há um déficit significativo da capacidade estática que é pressionada, principalmente, pelo volume de carga do agronegócio.
Tais fatores representam grande oportunidade para investimento e crescimento das médias empresas do setor permitindo que prestem serviços cada vez mais completos e diferenciados para seus clientes.
Como superar os desafios e aproveitar as oportunidades
Seja qual for o setor, o documento da FDC é muito claro quanto aos principais pontos de atenção que devem ser priorizados pelas gestões que almejam aumentar a competitividade e obter melhores resultados em seus respectivos nichos.
Vejamos quais são:
Assim como a JValério, a Fundação Dom Cabral (FDC) transforma conhecimento em atuação prática. Não por acaso, mantemos uma parceria sólida com a instituição no intuito de fomentar a educação corporativa - tão fundamental ao crescimento dos negócios e progressão de carreiras.
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