Diretor executivo da JValério comenta destaques da pesquisa sobre desempenho das médias empresas

28/05/2021
Diretor executivo da JValério comenta destaques da pesquisa sobre desempenho das médias empresas | JValério

No post de hoje, confira entrevista de Clodoaldo de Oliveira sobre os principais pontos de estudo da Fundação Dom Cabral, divulgado no mês de maio

A pandemia mudou o cenário o cenário econômico e colocou os gestores em alerta. Muitas mudanças que já estavam em curso nas organizações precisaram ser implementadas imediatamente para que as empresas não perdessem espaço no mercado – como o teletrabalho e a transformação digital. Com muita agilidade e resiliência, os negócios de médio porte conseguiram se ajustar às demandas num mundo pós-pandemia e estão sobrevivendo à crise sem perder produtividade.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, divulgada neste mês de maio, mostrou como as médias empresas reagiram aos efeitos da crise. E, apesar de 47% terem sentido o impacto econômico da Covid-19, 56% disseram que acreditam terem se saído melhor que a concorrência.

Confira a seguir uma entrevista com Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério, sobre os resultados da pesquisa:

https://www.youtube.com/watch?v=XH2qe7Q0IIo

Qual o objetivo da pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral junto às médias empresas?

O objetivo da pesquisa é orientar acionistas e gestores que estão à frente das médias empresas, que são aquelas com faturamento entre R$ 5 milhões e R$ 500 milhões por ano. O estudo envolveu 450 empresas brasileiras para avaliar os efeitos da Covid-19 nos negócios. A intenção da Fundação Dom Cabral é ajudar os executivos a formularem estratégias para minimizar o impacto da crise econômica, uma consequência da pandemia no mundo todo.

Um dos aspectos avaliados na pesquisa foi a produtividade das médias empresas no cenário de crise? Nesse quesito, como as corporações se saíram?

A pesquisa mostrou uma característica dos gestores brasileiros que é a resiliência e nos surpreendeu positivamente. Pouco mais da metade, 53% dos entrevistados, disseram que não sofreram os efeitos da crise. 30% responderam que o impacto da pandemia foi positivo para os negócios e 9% que foi muito positivo. As companhias que acreditam ter passado ilesas pelo solavanco da Covid-19 conseguiram aumentar em 22% a expansão da produtividade.

Com base nesta pesquisa, podemos dizer que a crise gera oportunidades, como diz o conhecido jargão no universo da gestão?

Sim. 56% dos entrevistados acreditam que se saiu melhor que os concorrentes e 33% afirmaram que sua atuação foi parecida com a concorrência. Só 4% avaliam que ficaram atrás dos concorrentes.

No universo das médias empresas, que compreende aquelas com faturamento anual entre R$ 5 milhões e R$ 500 milhões por ano, quais foram aquelas que sofreram um impacto menor diante da crise?

Aquelas com faturamento maior ou igual a 200 milhões tenderam a ser positivamente impactadas pela crise. Elas comprovaram que agir rápido, na tomada de decisões, nas melhorias nos processos internos e até assumir riscos, é fundamental para quem quer se manter competitivo e melhorar seu posicionamento no mercado.

Alguns setores se destacaram no cenário de crise?

Sim, as empresas do setor de comércio estão entre aquelas que apresentaram os melhores resultados diante das turbulências causadas pela Covid-19.

Quais são os maiores aprendizados que as médias empresas carregam na bagagem após os desafios enfrentados em 2020?

Os próprios entrevistados elencaram palavras para descrever o que as empresas tinham aprendido neste cenário de tantos imprevistos e instabilidade permanente. As palavras mais citadas foram:

  • Caixa
  • Inovação
  • Agilidade
  • Pessoas

Quais as principais competências desenvolvidas pelos gestores das médias empresas?

A pandemia é uma oportunidade para o desenvolvimento de diversas habilidades, reconhecida pelos próprios gestores.

  • 46% disseram que melhoraram as habilidades de liderança e capacidade de comunicação com colaboradores;
  • 45% conseguiram motivar os colaboradores;
  • 40% melhoraram a estrutura organizacional;
  • 37% se adaptaram ao trabalho remoto; e
  • 35% melhoraram a capacidade de inovar;

Qual o perfil do novo líder que emergiu com a crise?

As lideranças se mostraram decisivas na pandemia. A instabilidade gerada pela crise colocou acionistas, presidentes e executivos no protagonismo das mudanças. São eles que apontam novos caminhos. Por isso que a visão sistêmica é tão importante na condução do negócio.

Outra grande lição da pandemia para os líderes é a visão da liderança com propósito, que engloba preocupações que vão além dos resultados financeiros.

 Vão se destacar no mercado as empresas envolvidas com o progresso social, ou seja, que geram impactos positivos na comunidade onde atuam. Essa é uma mudança grande no mundo corporativo. As novas gerações são muito voltadas para propósito, para emoção, para paixão com ideias e eles estão no topo da pirâmide do consumo. Então, as empresas têm que vincular emocionalmente seu propósito com o propósito da nova geração. Em resumo, o propósito de uma da marca precisa estar alinhado com a visão de mundo do público interno e externo

O que achou sobre o conteúdo? Vamos conversar? Deixe um comentário.
ASSINE NOSSA NEWSLETTER