Quais são os maiores desafios das lideranças?

21/03/2023
Quais são os maiores desafios das lideranças? | JValério

Liderar não é uma capacidade nata: trata-se de um exercício que exige autoconhecimento e constante aprimoramento de habilidades e competências

A tarefa de liderar possui obstáculos naturais que aumentam de tamanho com as novas formas de trabalho que se consolidaram no pós-pandemia. Em tempos de trabalho remoto, por exemplo, as lideranças precisam desenvolver habilidades para manter a equipe conectada com o propósito do negócio e com foco nos negócios mesmo à distância.

No artigo de hoje trazemos dicas para quem já ocupa um cargo de liderança e para aqueles que estão se preparando para se tornar um líder para que tenham um melhor desempenho em sua atuação.

1.       Aprender a delegar

Conseguir delegar tarefas e processos é parece algo trivial, mas é um dos maiores desafios das lideranças. Primeiramente, é preciso ter habilidade para dividir as responsabilidades que ficarão no seu comando e aquelas que irão passar adiante para o time solucionar.

Delegar é importante para que o líder possa se dedicar às questões estratégicas do negócio e também para ter tempo de desenvolver sua equipe. Quando carrega nas costas todas as demandas, o líder fica focado nas urgências e acaba negligenciando aquilo que é importante para que a empresa cresça.

Além disso, é necessário conhecer bem a equipe antes de delegar. Só assim é possível repassar as tarefas de acordo com o perfil de cada e suas competências para assumir e dar conta das tarefas.

2.       Melhorar a performance na comunicação

As falhas e os ruídos na comunicação são um dos desafios para as lideranças, mesmo no trabalho presencial. E os trabalhos híbridos e remotos embaralham um pouco o meio de campo no que diz respeito à conexão com a equipe.

Passada a adaptação ao trabalho à distância, os líderes descobriram ferramentas tecnológicas que facilitam o diálogo e a interação com a equipe e que vieram para ficar.

Mas de nada adianta aparatos tecnológicos que aproximem os colaboradores se os líderes não souberem repassar as mensagens de forma clara e objetiva. Essa é uma forma de chegar cada vez mais perto de cada colaborador e conhecer bem a sua equipe.

Se comunicar bem também implica em desenvolver a escuta ativa. Quando o líder ouve o que o time tem a dizer consegue se comunicar de forma eficaz. Afinal, a comunicação é uma via de mão dupla!

3.       Construir uma relação de confiança

Os chefes autoritários não têm mais lugar no mercado de trabalho. As paredes que separavam a chefia e as equipes foram derrubadas. Chegou a hora e a vez dos líderes que comandam num fluxo horizontal e adeptos ao trabalho colaborativo. Para que essa nova estrutura faça sentido, o líder precisa cumprir o papel de guia, como se fosse um pastor, do seu rebanho. Empatia e acolhimento fazem parte dessa caminhada que ajuda a ganhar, de forma genuína, o coração dos liderados. Quando se sentem seguros ao lado de quem está no comando, surge uma relação de confiança. E quando o gestor alcança esse nível de relacionamento consegue ser uma inspiração.

4.       Gestão de tempo

A gestão do tempo é uma das questões que o líder não pode delegar. Um bom líder deve ficar atento aos horários de sua equipe, entender quem está sobrecarregado, delegar tarefas de forma estratégica, usar ferramentas para ajudar nessas atividades e também saber impor limites.

“Encontrar tempo para gerir o tempo” é um dos desafios das lideranças. É deste modo que o gestor vai garantir mais produtividade, qualidade de vida e organização para a sua equipe, de forma que os fluxos ficarão cada vez mais claros e eficientes para cada membro do time.

5.       Intermediar conflitos

 Situações de estresse e conflitos são inevitáveis no dia a dia das organizações. Neste sentido, evitá-los ou identificá-los com rapidez é uma das responsabilidades das lideranças. No primeiro ruído de comunicação o líder precisa agir.

Mais uma vez, quanto maior for o conhecimento do líder sobre as pessoas e a empresa onde trabalha, mais fácil será de encontrar soluções para resolver conflitos.

6.       Engajamento e motivação da equipe

Você já ouviu a expressão “walk the talk”? De origem inglesa, seu significado em português significa “aja de acordo com o seu discurso” e se tornou uma máxima entre os autores que escrevem sobre liderança. Em palavras bem simples, dar um exemplo é uma forma de manter os colaboradores motivados e engajados com o propósito da organização.

Uma equipe conectada e remando em conjunto com o líder é uma forma de alcançar melhores resultados. E, para isso, é necessário abrir espaço para o diálogo e sugestão de ideias vindas do time. Quando os colaboradores sentem que são ouvidos e que sua opinião importa - inclusive em relação aos feedbacks - o ambiente de trabalho se torna acolhedor. E essa é a melhor forma de manter a equipe motivada e engajada. Estudos indicam que a motivação está diretamente ligada à produtividade e manter a chama acesa dos colaboradores acesa é uma das principais tarefas do líder.

7.       Exercitar e disseminar a importância do autocuidado

Equilibrar a vida pessoal e profissional é um desafio de todo mundo no mercado de trabalho. E, mais uma vez, as lideranças precisam dar exemplo até mesmo para evitar casos de burnout na equipe. Sobretudo com o trabalho remoto, os limites entre os dois campos, pessoal e profissional, ficaram ainda mais tênues, mas é fundamental ter em mente que momentos de lazer e descanso são essenciais, e não podem ser sacrificados em prol do trabalho. Uma das missões do líder, na contemporaneidade, é garantir que tanto a sua vida quanto a de seus liderados sejam balanceadas.

Além disso, a aproximação e o conhecimento em relação aos colaboradores é uma oportunidade de estar mais atento aos sinais de estresse e exaustão para que o bem-estar seja alcançado.

Como conviver com todos esses desafios?

Para dar suporte para as lideranças e para as pessoas que desejam alcançar um cargo de gestão, a JValério Gestão e Desenvolvimento e a Fundação Dom Cabral realizam o curso “Liderança Transformadora”.

Liderar é um exercício que exige autoconhecimento e constante aprimoramento de habilidades e competências. Para obter o máximo de uma equipe em um ambiente de confiança e colaboração, o líder deve compreender como o seu estilo de liderança interfere no desempenho da equipe e na organização.

Assim, o curso de Liderança Transformadora propicia a base para que os executivos vençam o desafio de liderar equipes de alto desempenho, apresentando os novos paradigmas da liderança e como exercê-los.

No Paraná, esse curso será realizado em Toledo, no mês de junho, por meio de uma parceria com o Biopark. As inscrições já estão abertas e os interessados devem se inscrever até o dia 1° de junho por meio deste link. Ao todo, serão disponibilizadas 58 vagas.

Fabiana Durães é a gerente de Desenvolvimento de Indivíduos da Fundação Dom Cabral. Segundo ela, a parceria é possível graças a missão alinhada entre as instituições: desenvolver a sociedade por meio da educação. “Iniciamos a parceria com o intuito de criar líderes para levarem consigo e outras pessoas um legado para a construção na sociedade, considerando a diversidade e atingindo todas as camadas sociais”, ressaltou.

O presidente do Biopark, Luiz Donaduzzi, reafirmou a missão e o valor que o Biopark propõe desde a sua fundação. “Quando começamos queríamos ser uma instituição de excelência. E, para nos tornarmos o que almejamos, temos que trazer parceiros de excelência. É isso o que estamos fazendo com a Fundação Dom Cabral, que é, inegavelmente, uma das melhores instituições do Brasil”, finaliza.

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