O que as 10 maiores empresas familiares têm em comum?

15/03/2023
O que as 10 maiores empresas familiares têm em comum? | JValério

Longevas, desenvolveram resiliência para vencer desafios de crises econômicas e as barreiras das transformações tecnológicas. Todas elas são inovadores e não pararam no tempo

Um estudo da EY e St. Gallen aponta que as 500 maiores empresas familiares do mundo geram mais de 7 trilhões de dólares anualmente e empregam mais de 24 milhões de pessoas. Entre elas, dez são brasileiras. Analisando os dados sobre as famílias empresárias verde amarelas que se destacam é possível gerar uma lista de atributos que conferem perenidade e crescimento para esses negócios. São eles:  

  1. Resiliência e longevidade: as empresas brasileiras que estão na lista superaram muitos desafios e crises ao longo de sua existência. Todas elas passaram por profundas transições na política, momentos de recessão na economia com inflação galopante, vivenciaram o surgimento de planos econômicos de todos os tipos, além de revoluções tecnológicas. A mais jovem da lista, a Marfrig, foi fundada em 1986 e a mais antiga, a Gerdau, foi fundada em 1901.
  1. Relevância: embora tenham portfolios diversificados, todas elas são focadas em produtos essenciais. As duas maiores empresas familiares brasileiras, JBS e Marfrig, atuam na indústria alimentícia. A Votorantim está no segmento de manufatura e mobilidade. Quatro delas são do setor energia: Gerdau, Companhia Siderúrgica Nacional, Cosan e Energisa. Já a Magazine Luisa e a WEG são da área varejista. E, por fim, a Porto Seguro está no segmento de serviços financeiros.
  1. Presença internacional: três delas estão apostando no comércio exterior: Siderúrgica Nacional, Magazine Luiza e Porto Seguro.
  1. Atualização e inovação constante: as organizações citadas na lista estão alinhadas com tendências mundiais de mercado, comportamento do consumidor e legislação. As dez possuem um programa de sustentabilidade ambiental e redução de emissões de carbono, por exemplo, o que demonstra que estão atentas às práticas de ESG. Além disso, todas elas estão experimentando e inovando com novos produtos, enquanto continuam a cultivar os seus mercados e produtos tradicionais.

Rumo ao sucesso

O que faz as empresas familiares se tornarem prósperas e alcançarem o sucesso é uma combinação única e altamente complexa, porque cada legado deixado pelo fundador é exclusivo. Em resumo: não existe uma receita padrão. Cada família empresária investiu em um modelo de gestão e estratégias que as ajudaram a superar períodos de crise e se tornarem longevas.

Mas na avaliação de Clodoaldo Oliveira, diretor geral da JValério Gestão e Desenvolvimento, as dez empresas familiares na pesquisa possuem características em comum: atuam em mercados relativamente estáveis tais como os de alimentos e energia; desenvolveram um portfólio diversificado; parte delas recorreu à internacionalização dos negócios para expandir sua atuação; souberam fazer corretamente o gerenciamento de riscos (tanto que sobreviveram às sucessivas crises), e adaptaram seus negócios e inovaram.

“Todos esses atributos podem ser resumidos em apenas um: capacidade de aprender. As empresas que evoluem e se adaptam rápido às mudanças, como a transformação digital, por exemplo, têm mais chance de ser bem-sucedidas a longo prazo”, afirma Oliveira.

A aprendizagem nas organizações ocorre em três níveis que se relacionam mutuamente. São eles:

Individual –  profissionais curiosos buscam várias formas de aprender. Eles não se limitam a fazer cursos para aprimorar suas habilidades. Buscam livros, escutam podcasts, conversam com pessoas além da empresa, viajam, visitam museus. Seguem o estilo lifelong learning.

Organizacional – algumas empresas criam suas próprias universidades corporativas, que incentivam os colaboradores a estudar. Muitas delas, inclusive, aproveitam o conhecimento adquirido por esses funcionários para promovê-los internamente em novas funções. Além disso, o exercício da aprendizagem organizacional ocorre quando um setor implementa um novo sistema ou adota novos processos para ser mais eficiente. Essa ação está colaborando com o empreendimento e trazendo mudanças para o dia a dia da equipe. Quando o time participa desse processo o engajamento é maior. O retorno para a empresa aparece em forma de aumento de produtividade.

Cultural – é o nível mais profundo de aprendizagem que uma empresa consegue atingir. A cultura de aprendizado entra em cena quando ocorre a promoção práticas e ações voltadas para o desenvolvimento da empresa e de seus colaboradores são vivenciadas na rotina de trabalho. Numa empresa com cultura de aprendizado as pessoas atuam em um constante estado de inquietação, discutindo tendências, aprimorando processos, sistemas e implementando novas soluções.

Nas empresas inovadoras, a disrupção é natural e é encarada pelo time como essencial para se manter o negócio altamente competitivo no mercado. Todas as empresas, independente do porte ou segmento em que atuam, podem se beneficiar desse princípio.

Como levar o aprendizado para a rotina da empresa familiar?

A JValério Gestão e Desenvolvimento e a Fundação Dom Cabral oferecem uma solução educacional para para empresas familiares de médio porte que buscam um modelo robusto de gestão. O Parceiros para Excelência - PAEX, contempla a formação de executivos e equipes de alta performance, elevando os resultados de curto, médio e longo prazos. O programa foi desenvolvido para ajudar a potencializar e conquistar a longevidade para esses negócios.

O PAEX irá proporcionar um aprendizado em rede, ampliando a visão estratégica, aumentando a capacidade dos executivos em resolver problemas e desenvolvendo competências gerenciais, construindo um modelo de gestão orientado à estratégia e aos resultados. Prepare-se para promover uma verdadeira transformação na gestão do seu negócio. Sua meta pode ser participar da lista das maiores empresas familiares do Brasil nos próximos anos!

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