Futuro do trabalho: qual a lição de casa para a gestão de RH em tempos de trabalho híbrido?

21/02/2022
Futuro do trabalho: qual a lição de casa para a gestão de RH em tempos de trabalho híbrido? | JValério

Desempenho dos colaboradores depende da saúde mental, que foi abalada durante a pandemia; consumidores e investidores valorizam marcas que se preocupam com a sociedade

A Covid-19 instalou um caos sanitário e econômico no mundo inteiro nos últimos dois anos. Impôs um novo formato de relacionamento pessoal e profissional e consolidou o trabalho remoto como nova modalidade nas organizações.

O Coronavírus estimulou o sentimento de desesperança, o temor da doença e da morte e a insegurança em relação ao próprio emprego. Tantas mudanças abruptas interferiram na qualidade de vida e sensação de bem-estar das pessoas e tornou-se mais uma preocupação na gestão de pessoas. Não é exagero dizer que a Covid-19 provocou uma pandemia oculta: a da saúde mental.

Esse tema, que já deveria estar na pauta das organizações, tornou-se obrigatório em 2022. E as pesquisas servem de alerta máximo para que os gestores cuidem mais e melhor do seu principal ativo: os recursos humanos.

Um estudo da Talenses Group avaliou os impactos da pandemia na saúde mental dos profissionais. Grande parte dos entrevistados, 65,9%, respondeu que sua saúde mental foi afetada pela pandemia. Outra observação relevante é que os profissionais que ocupam cargos de hierarquia mais alta foram os que menos relataram problemas. Veja no quadro abaixo:

A pandemia contribuiu para prejudicar sua saúde mental?

Como as empresas reagiram?

Mais da metade dos colaboradores entrevistados pela pesquisa responderam que tiveram alguma assistência da empresa para lidar melhor com problemas de saúde mental. Suporte adequado e encaminhamento para tratamento de saúde oferecido pela própria empresa foram apontados por 31,9% dos colaboradores como ações adotadas pela companhia durante a pandemia. Outros 28,97% responderam que o departamento de RH deu suporte, mas que a organização não tinha profissionais de saúde para fazer atendimento. No entanto, eles disseram que, caso tivessem orientação de um médico recomendando licença para tratamento, a empresa respeitava a decisão. Já 19,20% afirmaram que o empregador não possui um RH estruturado, mas que se tivessem um diagnóstico e recomendação para afastamento, teriam o apoio da companhia.

Foram entrevistados 573 colaboradores (54,29% era homens e 45,72% eram mulheres) e quase 87% continuava empregada no final do primeiro semestre de 2021, quando a pesquisa foi realizada. Os dados revelam ainda que o setor industrial e de bens e serviços foram os mais impactados pela pandemia e que a área de tecnologia obteve o melhor desempenho.

ESG e a saúde mental

A implementação da ESG é mais uma das urgências das organizações no cenário pós-pandemia. Os conceitos de “E” de “environment” (meio ambiente), “S” de social (que considera o bem-estar dos funcionários e preocupações com questões sociais da comunidade onde está inserida) e “G” de governance (governança) já chegaram aos ouvidos dos consumidores, que valorizam as marcas preocupadas, de fato, com a sociedade. Além dos clientes, os próprios investidores já estão cobrando a incorporação de práticas sólidas de ESG.

Clodoaldo Oliveira, diretor executivo da JValério Gestão e Desenvolvimento, acredita que, com a pandemia, há um movimento crescente das empresas na reavaliação das políticas internas para atender o quesito “S” da ESG. “Isso significa a previsão de ações voltadas aos funcionários, que dizem respeito a políticas de inclusão e equidade e também de saúde”, afirma.

Um estudo da LifeWorks Mental Health Index aponta que um dos fatores de preocupação relativo ao pilar social que cresce no mundo pós-pandêmico é a saúde mental dos colaboradores. Não é um assunto novo, mas o surgimento em grande escala de novos casos de depressão e transtornos de estresse e ansiedade, estimulados pela pandemia, mudou o olhar dos empregadores sobre a qualidade de vida e a sensação de bem-estar no ambiente de trabalho.

Como estão as práticas de ESG dentro da sua empresa?

Inserir ações para a implementar o ESG não é uma tarefa simples. A boa notícia é que os gestores podem contar com o suporte da Fundação Dom Cabral (FDC) e da JValério Gestão e Desenvolvimento para aprimorar todos os pilares da gestão a ESG é um deles.

O tema faz parte do conteúdo do PAEX – Programa Parceiros para Excelência. O principal objetivo é melhorar os resultados a curto e longo prazo. A formação dos gestores inclui as áreas de Finanças, Marketing e Vendas, Processos, Pessoas, Projetos, Operações e Logística, entre outros.

Com 450 horas anuais de atividades para as empresas, as metodologias de gestão oferecidas pelo PAEX são desenvolvidas com o objetivo de melhorar a competitividade e otimizar os resultados globais das organizações.

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