Carreira: automatização obriga executivos a desenvolverem habilidades comportamentais

14/03/2023
Carreira: automatização obriga executivos a desenvolverem habilidades comportamentais | JValério

Empatia, inteligência social e emocional, capacidade de identificar rapidamente os problemas e antecipar tendências são as novas exigências profissionais; pós-graduação em gestão contribui para mudança de mindset

O ChatGPT é uma ferramenta nova, que surgiu no final de 2022, e que está gerando muita polêmica. Trata-se de um chat bot, como são conhecidos os modelos de linguagem que usam reconhecimento de voz e informações disponíveis online para a criação de conteúdo e automação de escrita.

A plataforma de inteligência artificial foi criada pela empresa americana OpenAI e seu principal atributo é a imitação da capacidade humana para elaborar textos complexos, inclusive jornalísticos, em segundos. 

Por essa razão, há quem esteja assustado com a diminuição de empregos para jornalistas e advogados, por exemplo. No entanto, a ferramenta é encarada pela maioria ainda como uma facilitadora, mas que não deve suprimir empregos nas duas profissões. Mesmo porque, o grande defeito do ChatGPT é que o robô foi treinado com a totalidade dos dados da internet. Sendo assim, ele responde a solicitações fazendo previsões sobre as respostas mais prováveis à pergunta. Fatalmente, pode gerar respostas que não são corretas.

Contudo, é inegável que a tecnologia está extinguindo algumas profissões. Os ascensoristas de elevador, por exemplo, não existem mais. Os caixas de supermercados e de outros comércios varejistas também já estão sendo substituídos pelo autocaixa. Hoje, não ficamos mais na fila de ingresso do cinema. Podemos comprar o bilhete na internet ou até mesmo nos totens nos próprios estabelecimentos. Fila de banco, então, é algo arcaico que não condiz mais com o comportamento do consumidor moderno, que quer agilidade e comodidade. Os chat bots também reconfiguraram o telemarketing e já existe no Brasil, precisamente em Curitiba, uma loja de supermercado 100% autônoma, sem nenhuma intervenção humana para o atendimento.

Esses exemplos são apenas para ilustrar uma questão: as máquinas estão ganhando a capacidade, cada vez mais, de executar trabalhos antes realizados somente por humanos. Um levantamento realizado pela consultoria Boston Consulting Group estima que, até 2025, 25% dos empregos existentes atualmente serão substituídos por softwares e robôs.

Com todas essas transformações, além de incorporarem novas tecnologias, as empresas buscam também profissionais com novas competências. As funções e cargos precisam ser reinventadas de acordo com a demanda por novas habilidades que surgem no mercado de trabalho.

Essa questão é enfatizada em um artigo da Deloitte Insights, edição 21, na qual os autores John Hagel, Jeff Schwartz e Josh Bersin afirmam que a tecnologia obriga as organizações a redesenhar a maioria dos empregos, de forma a alavancar habilidades humanas únicas, como a empatia, inteligência social e emocional, capacidade de enxergar o contexto em que as situações se inserem e identificar rapidamente os problemas enfrentados pelos negócios. Essas habilidades também são conhecidas como soft skills e estão sendo cada vez mais exigidas no mercado de trabalho.

Formação continuada

A sócia da Deloitte, Roberta Yoshida, também fala sobre as reinvenções de papeis da força de trabalho e que os humanos ganham novas responsabilidades com a transformação digital. A importância do olhar humano agora se destina a análise de dados e melhoria de processos e a curadoria das informações levantadas pela automatização.

Para ela, a nova realidade do mercado de trabalho exige a qualificação contínua desses profissionais, o que envolve treinamento constante e um mapeamento sempre atualizado das competências desejadas.

Além disso, são os executivos que devem se preocupar com o desenvolvimento da própria carreira e buscar oportunidades de alavancar o conhecimento para estar apto a desempenhar as novas funções que lhe são atribuídas. “Antes, a vida útil de um conhecimento adquirido chegava a 15 anos. Hoje, esse prazo se restringe a 3 ou 4 anos”, avalia Roberta.

Diz ainda o artigo da “Deloitte Insights”: “Em vez de confiar em empregadores paternalistas para moldar a natureza e progressão de suas carreiras, os trabalhadores precisarão tomar a iniciativa de moldar suas próprias carreiras personalizadas. E, à medida que o trabalho evolui, os indivíduos devem cultivar a mentalidade de ‘surfar’, sempre alertas a habilidades emergentes e de alto valor para pegar a onda em um estágio inicial e capturar o maior valor dessas habilidades, filtrando as oportunidades de acordo com suas paixões pessoais”.

Clodoaldo Oliveira, diretor geral da JValério Gestão e Desenvolvimento, acredita que os profissionais híbridos, que são aqueles capazes de transitar em diferentes áreas da organização são aqueles que vão se destacar no mercado de trabalho. “Os papéis bem delimitados, como de um profissional com ampla expertise em finanças ou recursos humanos, por exemplo, serão substituídos por executivos com uma qualificação mais ampla e capacidade de se movimentar em diversas áreas dentro da empresa. Cada vez mais, as corporações necessitam de perfis híbridos, que transitem bem entre os diversos departamentos organizacionais e que tenham uma visão muito mais holística do negócio”, aponta.

Mudança de mindset

É neste sentido que a Pós-Graduação em Gestão de Negócios (PGNE) pode contribuir com o desenvolvimento da carreira executiva. A formação é oferecida pela JValério Gestão e Desenvolvimento em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).

Clodoaldo Oliveira explica que a especialização em gestão de negócios pode ser um divisor de águas no desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes. “Para alcançar as tão sonhadas promoções, os profissionais precisam pensar em ampliar seu portfólio de experiências e abrir o leque do desenvolvimento e crescimento profissional para direções horizontais. E cursar a pós-graduação é uma forma de mudar esse mindset”.

O curso explora as principais tendências da gestão no mercado executivo ao mesmo tempo que desenvolve profissionais preparados para enfrentar os desafios atuais e antecipar os cenários futuros do ambiente de negócios.

O participante aprende na prática como utilizar as melhores ferramentas da gestão contemporânea e recebe uma atualização sobre tendências, pesquisas e análises que influenciam o ambiente global de negócios.

 O Programa promove o diálogo com líderes e profissionais conceituados e amplia a rede de contatos dos executivos, oferecendo, assim, uma sólida e efetiva orientação profissional de carreira. A Pós-Graduação em Gestão é conhecimento imprescindível para quem deseja promover transformações relevantes na carreira e na empresa em que atua.

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