O que essas empresas têm em comum? Elas usam a gestão da inovação como estratégia de mercado e vantagem competitiva
Vira e mexe, falamos sobre inovação nos posts do blog. Não por acaso, afinal, o tema é absolutamente inevitável tendo em vista as demandas do mercado e a atual realidade dos negócios. Aliás, fizemos uma matéria inteiramente dedicada a falar dos desafios enfrentados por quem decidiu encarar formas de gestão em sintonia com os tempos atuais - clique aqui para ler na íntegra. O mundo da Indústria 4.0, da internet das coisas e de tecnologias comandadas pela inteligência artificial é real graças à capacidade que as empresas têm de inovar, renovar e recriar.
Hoje, porém, nosso objetivo é avançar um pouco mais: queremos te ajudar a criar as primeiras estratégias para modernizar a cultura organizacional e, de quebra, desbancar a concorrência no melhor estilo monopólio - já pensou? - trazendo informações valiosas sobre os projetos de inovação mais utilizados. E o melhor, testados e comprovados por marcas de renome e sucesso.
Está preparado para trocar a zona de conforto por uma performance de alto impacto?
Se tem uma coisa que todo empreendedor tem em comum é o desejo de oferecer produtos e serviços que gerem o interesse de consumidores, parceiros ou investidores. De preferência, com lucros extraordinários. Para isso, não poupam esforços quando o assunto envolve buscar maneiras de se destacar e sair na frente. Antes da geração de valor ocorrer de fato, há um longo caminho que requer adaptação constante e aplicação de conhecimentos para acontecer sem deixar de garantir o desenvolvimento sustentável. Estamos falando de aumentar a eficiência na utilização dos recursos produtivos e em reduzir os custos das operações.
Além disso, vivemos uma época na qual não faltam opções, seja em prateleiras físicas ou nas virtuais. Tudo o que buscamos está sempre ali, há um clique de distância. Pensando nisso, muitas organizações investem no desenvolvimento de novas ideias, tecnologias e processos que visam atender os contemporâneos e elevados padrões de excelência. Repleta de vantagens competitivas, a estratégia mobiliza praticamente todos os setores de uma empresa em prol de soluções, lançamentos e novidades capazes de suprir as dores e necessidades dos clientes que, por sua vez, tendem a responder com fidelização às marcas.
Dentro desse vasto universo, inovar não é somente trazer algo grande, novo e revolucionário para o mercado. A inovação também precisa ser compreendida como uma disciplina contextual, já que existem diferentes tipos de inovação que podem ser utilizadas para cada situação específica. Pensando nisso, se destacam três categorias principais. Vamos conhecer melhor cada uma delas a seguir.
O que é: consiste em fazer uma série de pequenas melhorias ou atualizações graduais nas atividades empresariais sem, necessariamente, muitas alterações operacionais. Em suma, são consideradas inovações sustentáveis que ajudam as empresas a permanecerem no jogo. Criado pelo economista e cientista político austríaco, Joseph Schumpeter, o conceito foi citado pela primeira vez no livro “Business Cycles”, lançado em 1939, e pode ser resumido como o progresso em cima de algo pronto.
Vantagens: modificações e atualizações em produtos e serviços já existentes, melhoria da eficiência, produtividade, diferenciação competitiva, geração de riscos menores, manter ou melhorar a posição no mercado, reverter o estado de estagnação, potencializar a satisfação do cliente, não requer orçamentos elevados.
Exemplos: empresas que buscam melhorar regularmente os dispositivos pessoais com recursos mais “amigáveis” ao cliente. Em nosso dia a dia, o Gmail faz isso regularmente e com maestria ao adicionar novos recursos tendo em vista a expectativa dos usuários. Ao lado do serviço de e-mail oferecido pela Google, a Coca-Cola é outra gigante que busca se manter relevante por meio de sabores inéditos da bebida consolidada em seu nicho de atuação.
Os smartphones e os videogames são outros referenciais de inovação incremental, uma vez que estão em constante aperfeiçoamento sem perder o conceito original. A cada lançamento, um modelo vai deixando obsoleto o aparelho anterior. Por fim, podemos citar a Faber-Castell que, ao longo de décadas, continuou adaptando seus produtos ao público consumidor, sem deixar de lado a sua essência: lápis que não escorrega na mão, canetinha vai e vem e assim por diante.
O que é: diferentemente da incremental, aqui o nível de complexidade é maior. Trata-se, na realidade, de um etapa cuja finalidade engloba drásticas e consideráveis mudanças. Podemos defini-la de várias maneiras, mas provavelmente a melhor delas é com base na “estratégia do oceano azul”, como Kim e Mauborgne defendem. Na teoria, os empreendedores adotam uma abordagem diferente para o crescimento: ao invés de lutar por uma fatia de mercado, ela explora as possibilidades inexploradas - o que exige investimentos significativos, tanto de tempo quanto de recursos. Na ponta do iceberg, no qual estão os grandes players, dizemos que o “mar vermelho” está repleto de tubarões (grandes e bem posicionadas companhias) à espera para abocanhar quem estiver pela frente (novos negócios).
Vantagens: exploração de novos prismas de um produto ou serviço; mudança de cenário por meio de lançamentos de produtos ou serviços; captação de um público-alvo inédito; rebrading.
Exemplos: a introdução do smartphone, que revolucionou a maneira como as pessoas se comunicam, acessam informações e realizam transações comerciais. Ao mudar as regras do que antes era visto como um serviço, o smartphone ampliou o mercado mobile.
A PicPay, fintech capixaba criada em 2012, também transformou a maneira de realizar pagamentos. Nos últimos anos, a empresa obteve um crescimento significativo e chegou a firmar parcerias com o Governo Federal.
Nessa lista, o Airbnb também é um case a ser mencionado, pois promoveu um impacto relevante na indústria de hospedagens, facilitando o contrato entre futuros hóspedes e anfitriões, de maneira mais simples e menos burocrática.
O que é: há mais de 30 anos, Clayton Christensen, professor de Administração na Harvard Business School e mundialmente conhecido pelo seu estudo em inovação, introduziu esse termo revolucionário que transformou os negócios. Ela ocorre quando uma nova tecnologia, produto ou serviço cria um mercado ou segmento que, eventualmente, substitui os existentes.
Em linhas gerais, seu objetivo é trazer algo novo para uma demanda conhecida, mudando a forma como a solução interage com o público. Para os clientes, isso significa ser mais acessível, simples ou conveniente. O resultado tende a ser uma drástica alteração nos padrões de consumo, inclusive, tornando as demais opções obsoletas (ou serem esquecidas completamente). Vale lembrar que, diferentemente do senso comum, todo o movimento não resulta em aumento nos preços. Pelo contrário, a intenção é justamente baratear e atender pessoas deixadas de fora.
Vantagens: alto índice de ganhos e lucros, criação de novos produtos ou serviços, possibilidade de ser a líder do segmento.
Exemplos: o exemplo clássico de inovação disruptiva é o Spotify. Os CDs eram caros e vinham com apenas algumas faixas, enquanto a demanda das pessoas por música era maior. Prova disso é que muita gente praticava a pirataria, baixando arquivos ilegais sem o menor constrangimento. A empresa encontrou um meio de atender a essa demanda, oferecendo modelo de SaaS (software as a service), em que o consumidor paga pelo uso da plataforma e não pela música em si. Isso praticamente acabou com o mercado de CDs, na medida em que trouxe uma solução melhor, mais acessível e com mais comodidade.
Seguindo a mesma lógica, as startups visam segmentos desconhecidos e negligenciados pelo mercado com o intuito de oferecer uma oferta mais atraente, acessível e conveniente do que as estabelecidas. Já a Amazon usou a inovação disruptiva quando abriu as portas da internet para a indústria dos livros e mudou a forma de vender e entregar suas mercadorias utilizando tecnologias únicas.
Está sentindo falta de uma marca específica? Sim, a Apple e seu iPhone deram fim aos teclados e botões, mas do jeito Steve Jobs de ser: lançou logo a touch screen combinada a interfaces intuitivas. A propósito, para os apaixonados pela fabricante com o selo da maçã, ainda não inventaram nada capaz de superar. Pelo menos, até agora.
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