Por que as empresas familiares precisam formar seus líderes?

03/12/2015
Por que as empresas familiares precisam formar seus líderes? | JValério
Uma empresa sem liderança é algo bem arriscado. A velocidade das tomadas de decisões clama por alguém com muita personalidade, inteligência emocional, preparo, conhecimento técnico satisfatório, além de conhecimento de negócios. Com todas estas cartas na mesa, fica claro que os líderes precisam ser formados dentro da empresa. Eduardo Valério,  diretor-presidente da JValério,  especialista em empresas familiares,  entende  que todas as empresas necessitam formar pessoas - não apenas líderes, mas também os demais gestores já que nas empresas empresas familiares há fatores complementares os quais poderão beneficiar ou agravar o processo, tais como: 
  • a) Saber separar as questões pessoais das profissionais;

  • b) Confundir competências com laços familiares e relações de afeto e parentesco;

  • c) Imaginar que apenas os valores familiares serão suficientes para bons sucessores.

 “Os valores familiares, carregados ao longo das gerações, tendem a se perder ao longo do tempo. Cabe sempre às gerações mais antigas reafirmarem o propósito da família e dela para com o negócio.”

Sem liderança há riscos

O que pode acontecer negativamente com uma empresa familiar sem uma liderança consistente é extremamente prejudicial para o futuro da companhia. “Os riscos associados ao déficit de liderança causa nas empresas a queda de competitividade, resultados, e, principalmente compromete o seu futuro. Muitas vezes este déficit de liderança não fica claro para os proprietários, até porque, em muitas vezes, eles mesmos são os principais causadores desta condição.” alerta Eduardo Valério. Para o especialista, o recomendado é que as empresas constituam os seus conselhos de administração para poder contar com pessoas externas ao dia a dia e que tenham isenção para apontar caminhos.

Lidar com as influências de familiares é o principal desafio

Eduardo Valério alerta que qualquer profissional não familiar que tenha papel de liderança numa empresa familiar deve ter muita atenção para o que não está dito com palavras e sim através de atitudes, posturas e movimentos paralelos. “Nem sempre isso está claro. Na maioria das vezes é velado, bem sutil e cabe a este profissional ter esta visão e muita habilidade para direcionar os temas de maneira a preservar a empresa e minimizar os dados nas relações pessoais.”

Motivação pela profissionalização

Eduardo Valério recebe várias empresas familiares querendo mudar de rumo da sua liderança e separa os que buscam esta mudança em dois pontos específicos.

1 - Desafio atual

“É de fundamental importância que as empresas familiares entendam o seu momento em termos dos desafios empresariais os quais se apresentam no presente e futuro da empresa. Estes desafios são ao mesmo tempo a oportunidade que a empresa terá para aperfeiçoar o seu modelo de gestão e preparar melhor os seus gestores - familiares ou não.”

2 - O desenvolvimento da empresa

“Eu sempre trabalho em conjunto com os envolvidos pelo desenvolvimento da empresa familiar através da busca por soluções em conjunto com fundadores, sucessores, herdeiros e familiares de maneira a formatar um modelo de gestão da empresa familiar único apenas aplicável para aquela empresa e naquele momento.” Foto: Wikipedia
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