Mercado valoriza marcas com políticas socioambientais

09/03/2021
Mercado valoriza marcas com políticas socioambientais | JValério

Práticas de gestão como a ESG ajudam a construir planejamento que leva em conta preocupação com sustentabilidade e que reflete em ganhos financeiros

As empresas têm firmado cada vez mais um compromisso com a sustentabilidade. A preocupação com os impactos socioambientais das operações alcançou as práticas de gestão e popularizou termos como a ESG: uma estratégia para nortear o planejamento das atividades levando em conta questões comunitárias e relativas ao meio ambiente.

A tradução da sigla em inglês (Environmental, Social and Corporate Governance) significa “ambiental, social e governança corporativa”. Como o próprio termo já expõe, todos esses conceitos estão interligados às práticas de gestão. A busca por resultados está intimamente conectada com os reflexos que a organização traz para a sociedade e meio ambiente. Num contexto atual de intensos debates e estudos sobre as mudanças climáticas, faz todo sentido que os negócios passem a demonstrar preocupação com o futuro do planeta. Essa filosofia de trabalho pode ser encarada como mais um valor agregado para a marca.

Ao unir forças para contribuir com a proteção e um uso racional dos recursos naturais, a empresa mostra na prática que busca não só meios de atenuar os impactos ambientais, mas que se esforça na construção de um mundo mais justo e responsável. Isso demonstra o sentimento de pertencimento àquela comunidade onde está inserida, oferecendo, como contrapartida, as melhores práticas disponíveis de gestão administrativa.

Significado prático da sigla ESG nas companhias

Quem está do lado de fora da empresa e está interessado em investir nela pode levar em conta negócios que adotem critérios de sustentabilidade. Esse olhar do potencial parceiro vai além dos balanços financeiros, priorizando também questões ambientais, sociais e de práticas de gestão - a conhecida governança adotada pela companhia.

O futuro investidor pode querer saber o que cada letra da sigla ESG significa na prática naquele ambiente corporativo. Por isso, o E de “enviromental” (ambiental) precisa estar associado a uma atuação que priorize a conservação do meio ambiente, como ações de gestão de resíduos, otimização energética e da água, por exemplo. O S de “social”, cuja escrita e significado são os mesmos em português, vai mostrar como a companhia lida com as pessoas que atuam na organização e aquelas que têm alguma relação com ela no seu entorno.

Ainda na letra do meio, a empresa deve mostrar quais canais dispõe para atendimento aos clientes e sua efetividade, a postura de privacidade e proteção de dados, como motiva os empregados, qual o nível de respeito às leis trabalhistas, e o relacionamento com a comunidade. O G de “governance” (governança) mostra como é a administração da empresa, passando pela identificação de quem a comanda, seus conselheiros e diretores, a conduta deles, seus salários, as relações com governos e políticos, além da existência de canais para denúncias contra práticas não condizentes com a ética empresarial.

Como surgiu a sigla

A sigla ESG e a adoção de suas ideias no mundo corporativo é algo ainda relativamente novo nas relações empresariais. Ela surgiu em 2005, por meio de um documento chamado “Who Cares Wins” (“Quem se importa, ganha”, em tradução livre). O estudo foi produzido pela ONU (Organização das Nações Unidas) e envolveu empresas do setor financeiro. O relatório concluiu que a adoção de práticas envolvendo uma boa gestão administrativa e práticas éticas nas áreas social e ambiental no setor financeiro resultava na atividade de mercados com maior sustentabilidade, revertendo-se em ganhos para a própria sociedade.

Tudo começou com o encontro de 20 instituições financeiras com sede em nove países, entre eles o Brasil. A iniciativa foi criada para refletir a necessidade urgente de desenvolver orientações para a inclusão de temas voltado à preservação ambiental, formas mais éticas de gestão e preocupação social no gerenciamento dos ativos dos clientes destas instituições do mercado de finanças.

PAN ajuda gestores a repensarem planejamento estratégico

Estratégias de mercado como a incorporação da ESG estão na pauta do programa Parceria para Aceleração dos Negócios (PAN). Voltado para pequenas empresas, startups e scale-ups que buscam ser competitivas e melhorarem o posicionamento no mercado, o PAN é uma oportunidade para darem um salto no quesito gestão.

Com duração de um ano, professores e mentores, com atuação e expertise no trabalho de gestão, orientam os empresários a implementarem melhores ferramentas para melhorar o desempenho do negócio.

O programa contempla diagnósticos de evolução e plano de negócios para as próximas ações da empresa, por meio de uma metodologia dinâmica que engloba workshops, mentorias e organização de reuniões de acompanhamento.

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