Gestão de negócios: Algumas coisas das quais você não pode fugir se quiser empreender

12/06/2015
Gestão de negócios: Algumas coisas das quais você não pode fugir se quiser empreender | JValério
No ano de 2006, falei ao diretor da emissora onde apresento meu programa que as palavras empreendimento e empreendedor ficariam em alta nos próximos anos. Foi a partir desta conversa que surgiu o Mais Sucesso que está no ar há 9 anos. Não era um prognóstico de vidente, profecia ou coisa de guru. Era apenas a lógica aplicada ao mundo, em especial o Brasil, que passava por uma febre similar a que ocorreu com os trabalhadores do campo, diante da campanha governamental do passado que dizia “Plante que o João garante”. Houve sim um crescimento expressivo na abertura de novas empresas, uma explosão eufórica na vida de muitos trabalhadores que viram a chance de tornarem-se donos do próprio negócio. Várias ferramentas para facilitar a vida do futuro empresário foram lançadas, como o Super Simples, que depois virou simples nacional, o MEI (Micro Empreendedor Individual), abertura do acesso a licitações que antes eram privilégio de poucos, ampliação do credito, facilidades para a abertura de novos negócios etc. É inegável que o Brasil e o mundo mudaram. Porém, a palavra “empreender”, que significa tornar o sonho do negócio próprio uma realidade, continua a ser o pesadelo de alguns visionários que se lançam no mercado apenas com base em um sonho. Apesar de termos centenas de meios de apoio aos empresários iniciantes, ainda não vemos dados que mostrem um cenário favorável aos novos negócios. Já foi pior. Tínhamos no passado estatísticas que apontavam que até 72% das empresas fechariam em até cinco anos após o início de suas atividades. Hoje, as estimativas mais conservadoras apontam que pouco menos de 50% fecham em até dois anos. Mudamos a fórmula, mas talvez não tenhamos mudando alguns hábitos necessários para que se tenha sucesso. Não pretendo aqui dar conselhos que levem todos os seguimentos ou ramos da sociedade a conquistarem êxito. Proponho apenas a adoção de algumas práticas que incorporei ao longo de décadas atuando nos dois lados do “balcão”, apesar de não ter ficado muito tempo no papel de colaborador. Não era a minha pretensão na vida. A primeira coisa é não agir por impulso ou necessidade na hora de definir o que se fará. Quantas pessoas você conhece que se formaram num curso superior e não exerceram a profissão ou foram infelizes à espera da aposentadoria ou uma nova chance? Empreender não é um jogo, não é uma tentativa, não funciona no “vamos ver no que dá”. Algumas pessoas agem como se estivessem passando de fase num vídeo game e, com vidas extras, tentam novamente após cada derrota. Isso não acontece e a única chance muitas vezes é aquela que você pode ter desperdiçado ou está desperdiçando. Faça um planejamento detalhado, realista e específico. Avalie o mercado, seus concorrentes, suas reais condições para brigar por um lugar ao sol, a estrutura que deverá ter, o dinheiro necessário para tocar o negócio e manter a sua casa até chegar ao ponto de equilíbrio do empreendimento, que ocorre quando você paga todas as contas. Isso pode demorar. Você tem que saber quem serão seus fornecedores (no plural, porque não é saudável ficar refém de uma só fonte). Veja quem serão os seus clientes e, neste caso, por favor, não conte somente com a família, amigos ou vizinhos como base de sua clientela. O bom cliente é aquele que você ainda não conhece: pense em como alcançá-lo. Este sim deve fazer parte de seu planejamento. Algumas pessoas dizem que se deve ter paixão pelo que se faz. Concordo que devemos unir aquilo que nos fazem felizes e realizados com a lucratividade. Porém, às vezes, podemos amar certo negócio que não é o mais rentável. Restam, aí, despesas e prejuízo. Mas algumas pessoas agem como aquele jogador de cartas que está perdendo, mas acha que a próxima cartada trará sua salvação final. A carta nunca chega. Empreender não é jogo. Faça sempre um balanço das suas atividades e, se não for para dar lucro, pare enquanto ainda pode. A finalidade de todo empreendimento é dar lucro. Se não o fizer, não tem porque existir. Nunca se deve desperdiçar uma oportunidade e sempre deve se estar atualizado e planejamento expansão. Pensa-se o empreendedor como um aspirante a empresário, mas as patentes são bem distintas. O empreendedor aspira ser um empresário e é reconhecido com o sucesso. Um empreendedor pode até se tornar um empresário mas um empresário nunca poderá deixar de ser um empreendedor. O que move o empreendedor de sucesso é a vontade, a garra, a observação, o querer vencer e para tanto ele enfrenta os obstáculos que aparecem retirando deles as ideias para supera-los. Difícil? Ninguém disse que seria fácil e é por isso que existem os que serão empreendedores. Fonte: Administradores Leia mais sobre gestão de negócios todos os dias na JValério
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