Famílias empresárias: por que e quando formar um Conselho Administrativo?

18/10/2021
Famílias empresárias: por que e quando formar um Conselho Administrativo? | JValério

Trata-se de um dos pilares da Gestão Corporativa que valoriza organização no mercado por ser um mecanismo que funciona como uma chancela da profissionalização da gestão

Quem acompanha nosso blog já sabe que a Governança Corporativa deve fazer parte das organizações de capital fechado, inclusive da empresa familiar. À primeira vista, o termo parece ser sofisticado e pertencer à realidade apenas das grandes corporações, com operações na bolsa de valores.

 No post de hoje vamos retomar essa temática e mostrar a importância do Conselho de Administração, um dos pilares da Governança Corporativa, tão importante para a longevidade e valor de uma marca. É o Conselho que garante o respeito às condutas empresariais estabelecidas pela Governança mesmo quando o controle da organização é pulverizado entre os acionistas. Ao Conselho competem as principais deliberações sobre a gestão do negócio. “Nele, há a hierarquização das funções. Pode ser estatutário ou não. O objetivo do órgão é cooperar com a gestão nos direcionamentos estratégicos a médio e longo prazo. É ao Conselho que as diretorias, que cuidam das responsabilidades primárias, devem apresentar os resultados. O olhar do Conselho é sempre à frente. Já as diretorias também devem primar para as questões estratégicas, mas sem descuidar do dia a dia”, esclarece Eduardo Valério, presidente da JValério Gestão e Desenvolvimento.

Passagem do bastão

O Conselho de Administração deve ser encarado, sobretudo pelas famílias empresárias que devem pensar no processo de transição geracional, como uma prioridade. Um trabalho de consultoria é fundamental para que as lideranças que comandam o negócio na atualidade, abram caminhos para a chegada de novos gestores, que vão assumir as rédeas da organização a curto, médio ou longo prazo.

mentoria é uma oportunidade para que os fundadores abram sua mente para supervisionar as ações das lideranças intermediárias e até para “passar o bastão” para executivos ou membros da própria família habilitados a tomar decisões estratégicas.

Quando se tornam conselheiros os fundadores ocupam outro papel fundamental. Cabe a eles o planejamento de projetos de expansão, inovação, parcerias estratégicas e, diversificação dos negócios, entre outras questões que fazem parte da agenda de uma organização que visa o crescimento sustentável.

Desapegar deve ser um processo natural

Os fundadores costumam ter um vínculo muito forte com a empresa. Por isso, delegar o comando do negócio pode gerar aquele sentimento de “ninho vazio”, que incomoda os pais quando os herdeiros saem de casa para voar com as próprias asas. Os fundadores possuem um vínculo emocional com o negócio e os consideram como mais um filho. Trata-se de uma relação pessoal e multifacetada, fator que contribui com a complexidade do processo sucessório”, argumenta Eduardo Valério.

Ele alerta ainda que, num plano de sucessão, sucessor e sucessório têm a mesma prioridade. “Como já dissemos, esse é um tema bastante complexo, abrangente e profundo. E se olharmos apenas na ótica do sucessor, é como se estivéssemos vendo apenas o que está acima da superfície num iceberg. A parte submersa, que corresponde ao sucedido, também precisa de atenção especial. Afinal, foi ele que trouxe aquele negócio até ali. Toda a empresa, aliás, precisa se preparar para a transição, para o acolhimento a quem está saindo e a recepção de quem está chegando”, orienta o presidente da JValério. Uma sugestão dos especialistas é que o tempo do fundador, que pode ser alguém que ainda tem energia e disposição para se manter ativo, pode ser preenchido também com outras atividades, além do papel de Conselheiro. Quem sabe até abrir novos empreendimentos, já que experiência e “tino comercial” não lhe faltam.

Fazer a roda girar

Um Conselho Administrativo é resultado de um modelo de gestão sólido, que facilita a entrada no mercado de crédito. Além da negociação de taxas mais atrativas, esse elemento da Governança Corporativa reflete na abertura de capital ou chegada de novos sócios com o objetivo de impulsionar o negócio.

Uma alternativa adotada também nas empresas de médio e pequeno porte é a implementação de um Conselho Consultivo antes da formalização de um Conselho de Administração. A diferença é que, num primeiro momento, não há exigências legais. O Conselho Consultivo pode ser o primeiro passo para a elaboração de um estatuto ou contrato social, que prepara os gestores para o desenvolvimento de um Conselho de Administração. A criação de um Conselho deve ser orientada por três fatores:

As lideranças devem refletir o que motiva a adoção de um Conselho Administrativo, que é um estímulo para que superem as próprias resistências e dos demais sócios a seguirem uma nova diretriz no processo de tomada de decisões.

Avaliar se esse é o momento certo para formalizar o Conselho de Administração, que será uma espécie de “órgão fiscalizador” dos acordos firmados pela Governança Corporativa. Se a empresa não estiver preparada é melhor iniciar pela adoção de um Conselho Consultivo.

Empresas de consultoria e mentoria podem auxiliar a implementar todos os pilares da Governança Corporativa, que pode ser definida como um conjunto de regras mínimas para o funcionamento de uma empresa entre os sócios, sucessores e executivos.

A Fundação Dom Cabral e a JValério oferecem para as famílias empresárias a Parceria do Desenvolvimento do Acionista (PDA). O programa ajuda a organização a conquistar a longevidade por meio da profissionalização da gestão, que passa necessariamente pela adoção da Governança Corporativa.

Um dos diferenciais do PDA é alavancar o negócio, maximizar o valor da empresa, implementar um processo sucessório e uma política com foco nos resultados, mas sem deixar de lado o legado do fundador para nortear as futuras gerações.

O PDA está disponível para organizações que atuam no Paraná, Rondônia e na região de Presidente Prudente (São Paulo). 

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