Crise reduz lucros, eleva juros e deixa empresas mais endividadas

29/04/2016
Crise reduz lucros, eleva juros e deixa empresas mais endividadas | JValério
A crise reduziu os lucros das empresas e elevou os juros que incidem sobre suas dívidas, deixando muitas empresas em situação delicada. Muitas estão com endividamento alto, o que provocou uma corrida por renegociações e um aumento no número de recuperações judiciais. Dados da consultoria Economatica mostram que o endividamento de 257 empresas de capital aberto do mercado brasileiro fechou o ano de 2015 com valor 31% superior ao de 2014. Segundo o levantamento, a dívida no ano passado foi de R$ 1,4 trilhão, frente a R$ 1 trilhão de 2014. Em 2010, a dívida das companhias era de R$ 562 bilhões, comparado com o ano de 2015 registrou-se um crescimento de 149% em 5 anos. Já o caixa dessas 257 empresas da amostra fechou o ano de 2015 em R$ 376 bilhões, crescimento de 26% em relação ao ano de 2014. Se comparado com o ano de 2010, o crescimento do caixa das empresas no período foi de 65%. Nos últimos meses, diversos casos de crescimento da dívida de grandes empresas têm vindo à público. Uma das principais responsáveis por este crescimento do endividamento é a Petrobrás. A empresa fechou o de 2015 ano com dívida de R$ 492 bilhões e disponibilidade de caixa de R$100 bilhões. A operadora de telefonia Oi também enfrenta situação semelhante. A empresa terminou o ano passado com uma dívida bruta de R$ 59 bilhões, enquanto o caixa da empresa era de R$ 16 bilhões. O alto endividamento não é exclusividade das grandes empresas. Segundo Eduardo Valério, diretor-presidente da consultoria J. Valério, as médias empresas também têm enfrentado dificuldades. Ele diz que, impulsionado pelo aumento das taxas de juros e pela contratação de novas dívidas, o índice de alavancagem das empresas endividadas tem crescido entre 60 e 70%. Valério diz que o problema não é o endividamento em si, mas o perfil das dívidas. “As empresas estão se endividando para resolver problemas de curto prazo, e não para investir no crescimento. O custo fixo de operação cresceu cerca de 60% nos últimos 36 meses, enquanto as receitas subiram, no máximo, 25%”, avalia. Confira a matéria na sua íntegra e os indicadores e a no site da Gazeta do Povo. Fonte: Gazeta do Povo
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