Como lidar com o falecimento de um parente gestor dentro de uma empresa familiar

19/08/2014
Como lidar com o falecimento de um parente gestor dentro de uma empresa familiar | JValério
A morte de um parente é uma situação muito triste. E pode ser complicada se esta pessoa estiver diretamente envolvida nos negócios de uma empresa familiar, caso não haja estrutura adequada e planejamento correto. Para o Diretor-Presidente da JValério, associada à Fundação Dom Cabral, Eduardo Valério, é sempre difícil o indivíduo lidar com a morte, porém a organização precisa estar preparada para isso. “As famílias devem estar prontas para essa eventualidade, e isso começa quando entendemos que o nosso dia chegará e, portanto, temos que tomar medidas preventivas com relação ao patrimônio, a gestão e à família”. Eduardo Valério indica que as empresas devem adotar algumas medidas, como o acordo de sócios e de família. O especialista explica que são instrumentos com regras para tratar da situação. Outra recomendação importante é o mapeamento dos potenciais sucessores dentro e fora do âmbito familiar. “Uma vez previsto no acordo de sócios/família/acionistas, o Conselho de Administração e o Conselho de Sócios devem liderar o processo sucessório com base nas regras anteriormente estabelecidas”, conclui Eduardo Valério. Evitando conflitos Após a morte de um gestor, os membros de uma família podem entrar em conflito e incorrer em derrocada empresarial.Eduardo Valério, porém, não entende que para uma empresa quebrar ou ser vendida, o falecimento de um sócio-gestor seja determinante, pois há vários fatores que podem contribuir para isso. No entanto, aponta que é preciso se prevenir de eventuais confusões. “O conflito surgirá na medida da indefinição ou da ausência das regras de substituição e de mecanismos de acompanhamento de sucessores. Quando isso já existe, os eventuais conflitos são mitigados”, explica. Arrumando tudo e seguindo em frente Imaginando um cenário em que uma empresa familiar não se preparou para uma morte (ela não tenha nada no estatuto nem documentado) e ela, então, ocorre, Eduardo Valério diz que é preciso organizar a estrutura toda o quanto antes e seguir em frente. “Recomendo que seja feito de imediato o alinhamento dos sócios remanescentes e de herdeiros do sócio falecido com relação ao processo de substituição e a forma de controle do negócio. Na maioria das vezes, é preciso buscar a assessoria especializada de escritórios de advocacia e mediadores”, finaliza Eduardo Valério.
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