Como formar o conselho de administração de uma empresa familiar

09/09/2015
Como formar o conselho de administração de uma empresa familiar | JValério
Este é um dos temas mais recorrentes quando o assunto é a boa administração de empresa familiar: a formação do Conselho de Administração. É uma tecla que sempre é batida, seja na literatura sobre gestão de empresas, seja por gurus do setor - e se este assunto sempre é levantado, ele deve ser levado muito em conta. Será que há algum mistério em se formar este conselho na empresa familiar? Eduardo Valério, diretor-presidente da JValério, empresa associada à Fundação Dom Cabral, explica que o conselho de administração em uma empresa familiar faz exatamente o mesmo que numa empresa não familiar, entretanto é comum que assuntos sobre as relações e papéis dos familiares na gestão acabem sendo abordados aproveitando a 'expertise' dos conselheiros independentes. "A primeira coisa a ser observada na hora de escolher quem vai formar este conselho é saber o planejamento estratégico da empresa. Através da visão de futuro para o negócio são extraídas as competências que a gestão deverá ter ou desenvolver, assim como o perfil do conselho e respectivos conselheiros" esclarece Eduardo Valério. A importância do conselho está diretamente ligada ao grau de maturidade da governança da empresa familiar. Eduardo Valério explica que quanto mais legitimado pelos acionistas for o conselho, mais ele poderá exercer a sua função na plenitude. "Desta forma o conselho pode contribuir sobremaneira para a captação de valor da empresa para o acionista e melhorar muito a expectativa da longevidade empresarial". Gente de fora tem outro entendimento Eduardo conta ainda que é de fundamental importância a participação de conselheiros externos independentes. "Além da complementaridade das competências, eles trazem visões e opiniões isentas contribuindo muito para a qualidade das decisões tomadas pelo conselho" explica o especialista da JValério. Motivos que levam um Conselho de Administração a não funcionar bem Eduardo Valério identifica que nos processos de auditoria de Conselhos de Administração realizados pela JValério ele identificou como sendo as principais causas do baixo rendimento de alguns conselhos: - Inexistência do planejamento das pautas; - Muito foco no curto prazo e na operação ; - Conselheiros despreparados (inclusive acionistas que estão no conselho ) Quem faz parte do Conselho de Administração - Pode ser formado por membros do Conselho Executivo (presidente ou diretor) e membros externos; - O número de membros externos pode variar, dependendo do Estatuto da empresa e da necessidade de momento; - Os agentes externos precisam ter uma bagagem grande em áreas ou setores em que os membros internos não sejam experts. Geralmente na área financeira, comercial e/ou estratégica; - Os membros deste conselho precisam ter alguma competência dentro do foco e da carência da empresa; - Muitos conselheiros externos acabam sendo convidados pela competência de mercado que possuem e com liberdade para poder fazer a crítica; - O pagamento aos conselheiros externos vai depender da política de cada empresa. Muitos acabam fazendo essas reuniões por um período de experiência para depois renumerar. Essa renumeração acaba ficando dentro do que for acordado.  
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