A importância das relações de confiança nas empresas familiares

A confiança entre membros é considerada uma das principais ferramentas que garantem a saúde e longevidade da empresa familiar

A linha que separa a relação pessoal da profissional nas empresas familiares é tênue. É comum que comportamentos adotados dentro de casa sejam adaptados também no ambiente organizacional. Se na família existe a cultura do diálogo na resolução de conflitos, relações de confiança e o acolhimento de opiniões divergentes, é provável que esses hábitos reflitam no mundo dos negócios. Por outro lado, se no cotidiano da família não existe cooperação, respeito e confiança, isso também ocorrerá na empresa. Por isso, é importante manter o controle sobre os hábitos familiares que deverão compor a cultura organizacional: boas práticas devem ser replicadas, enquanto comportamentos que não agregam à dinâmica profissional devem ser descartados.

Mas afinal, qual a importância das relações de confiança nas empresas familiares? Diferente das organizações convencionais, a base do negócio familiar é a confiança. Para isso, é necessário muita transparência quanto às intenções de todos os colaboradores, às expectativas e às ações implementadas no negócio. A falta de esclarecimento sobre ações realizadas dentro da empresa, assim como comentários ou discussões geram mal-entendidos e desconforto entre os colaboradores. Relações de confiança frágeis podem comprometer as atividades e consequentemente os resultados da empresa. 

Para estreitar a confiança entre os membros de uma empresa familiar é preciso evitar algumas atitudes no ambiente organizacional:

• Falta de planejamento e sistemas informais de gestão. O micro gerenciamento possibilita a informalidade, levando à ausência de planejamento formal. Esse fator gera sérios problemas produtivos e financeiros para a empresa.
• Conflitos de interesses entre família e empresa. As relações conflituosas dentro do âmbito familiar muitas vezes são reproduzidas no mundo organizacional, podendo resultar em descapitalização da empresa, falta de disciplina da gestão empresarial e excesso de personalização dos problemas administrativos. 
• Resistência ao processo de modernização nas áreas de produção, gestão, comercialização e serviços. Não acompanhar as mudanças geracionais pode refletir diretamente nos resultados da empresa.
• Usar indevidamente os recursos da empresa por membros da família. Esse tipo de atitude decorre de uma gestão ausente de normas e procedimentos formais, fator que pode levar a empresa à situação de instabilidade e dificuldades financeiras. 

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